ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:767-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">767-1</td><td><b>A tradição nas modernas literaturas caboverdiana e moçambicana: uma análise de Sangue da avó, manchando a alcatifa e Filho és, pai serás</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Elisangela Aparecida da Rocha </u> (USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFAPESP - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Já consagrada, uma linha de interpretação sobre a modernidade busca na posição entre tradição e modernidade o caráter fundador-constitutivo desta. No entanto, aponta-nos Sueli Saraiva da Silva (2008), os conceitos de tradicional e moderno são, muitas vezes, erroneamente pautados numa leitura dualista na qual o moderno é relacionado à Europa e o tradicional a civilizações e povos ditos primitivos, isto é, tudo que é não-europeu-ocidental. Uma abordagem mais apropriada  isto é, menos excludente e simplificadora  segundo Saraiva, deveria analisar como as esferas do tradicional e do moderno estão materializadas no contexto específico de cada sociedade. No que se refere à África, afirma,  poderíamos supor que uma 'modernidade particular' se expressaria numa chave dialética entre as crenças e costumes tradicionais e as tecnologias e modos de vida moderna, processos não mutuamente excludentes. (p. 2) Pode parecer um truísmo dizer da importância dessas discussões e seus efeitos tanto sobre o campo das literaturas comparadas, grosso modo, quanto sobre os estudos de literaturas africanas mais especificamente. No entanto, ainda hoje se faz necessário esta chamada a uma leitura não redutora. Ao estudarmos as literaturas africanas de língua portuguesa observamos que esta dita  modernidade particular , isto é, esta articulação dialética entre tradição e modernidade  se é que podemos considerá-las, tanto tradição quanto modernidade, como manifestações unívocas  é constantemente problematizada, dando ensejo a novas interpretações-sínteses, as quais, apesar de precárias, tentam fugir a um esquema de oposições binárias. Partindo de tais reflexões, escolhemos um conto,  Filho és, pai serás da escritora caboverdiana Dina Salústio, e a crônica  Sangue da avó, manchando a alcatifa , do escritor moçambicano Mia Couto, sobre os quais nos deteremos mais detalhadamente. Podemos dizer que, a priori, a oposição entre os valores modernos e tradicionais, presente nas duas narrativas, parte da polarização entre pares básicos, como campo/cidade, tecnologia/retorno a cultura popular, mais velhos/mais novos etc, caminhando para a desconstrução destes. Tanto na obra de Dina Salústio quanto na de Mia Couto a tradição se pauta nos valores que se referem à família, mais necessariamente às relações familiares.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>