ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:772-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">772-1</td><td><b>VIOLÊNCIA, GÊNERO E DIÁSPORA NA CURTA FICÇÃO AFRICANA DE LÍNGUA PORTUGUESA</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Kleyton Ricardo Wanderley Pereira </u> (UFPE - Universidade Federal de PernambucoFAFIRE - Faculdade Frassinetti do Recife) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Atualmente as diversas culturas que compartilham da experiência híbrida do mundo globalizado, de identidades culturais não fixas, espaços de encontro e confronto e negociação, entrelaçamento de culturas, emergem em toda parte. Mas ao contrário do que pensa o senso comum, tais relações de poder dificilmente simétricas não se configuram pacificamente; pelo contrário, violentamente, se estabelecem em entrelaçamentos de valores, culturas, ideias e combinações num eterno processo de negação, assimilação, revisão e reapropriação cultural. As produções literárias das áfricas lusófonas, enquanto criações ficcionais, possibilitam aos leitores enxergarem a reação contras os paradigmas socioculturais herdados na problemática do colonialismo europeu e a inserção de um discurso que, através da linguagem literária, têm raízes profundas na realidade social, compondo um inventário mimético que reflete na formação psíquica e emocional da sua sociedade contemporânea, liberto da perspectiva exótica. Assim, como outras realidades possíveis, textos literários se articulam e negociam na (re)construção das diversas identidades a partir de interconexões e interpenetrações de um sistema de representação sociocultural em espaços heterogêneos, comunidades imaginadas, que procuram sempre resistir ao silenciamento das diferenças culturais exercida através das diversas formas de imposição e poder cultural. Nas literaturas da lusofonia, a questão da migração, um dos seus principais temas, ainda é uma grande ferida nos estudos críticos do pós-colonial e é, por certo, aquele do qual se alimentam as literaturas africanas de maneira geral, não apenas as de língua portuguesa. São elas, as identidades diaspóricas, que, no dizer de Hall, constantemente se produzem e reproduzem de novo com e através da transformação e da diferença. Assim, o conceito de diáspora, de acordo com Brah, está centrado nas configurações de poder e, por isso, o que está em jogo são os vários processos de fissura e fusão cultural que sustentam as novas formas de identidades (trans)culturais. Nas ficções das áfricas lusófonas, essas mesmas experiências são vivenciadas de maneiras diferentes e podem provocar reações as mais diversas, tanto naquele que retorna ao seu lugar de origem quanto nos que o recebem. Assim, neste artigo, procuro analisar e comparar a denúncia da violência física e cultural, a representação de gênero e a questão da diáspora em contos das escritoras Lília Momplé, Margarida Mascarenha e Orlanda Amarilis. Para tanto, faço uso dos trabalhos críticos sobre identidade e diáspora de Hall (2003; 2000; 1998), Bhabha (2003), Brah (2003; 1998), Cancian (2007) e Hua (2005); bem como os trabalhos mais específicos sobre a produção literária africana de língua portuguesa de Chaves (2005), Gomes (2008), Ferreira (1987), Venâncio (1993), Santilli e Flory (2007) e Tutikian (1999; 2006).</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>