ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:774-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">774-1</td><td><b>Carlos Drummond de Andrade antipornográfico?</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Mariana Quadros Pinheiro </u> (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroCP2 - Colégio Pedro II) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Nos anos 1980, a poesia de Drummond ganhou novas feições. Após o memorialismo de fins dos anos 1960 e dos 1970, sua obra centra-se no corpo e no júbilo de um sujeito que já não se envergonha de seu egotismo. O movimento corrompe o drama apontado por Candido como central na produção drummondiana dos anos 1940 e 1950: a tensão entre a tirania da subjetividade e o controle de um eu persistente. O esgotamento radical dessa problemática parece chegar ao ápice com a divulgação de <i>O amor natural</i>. Os poemas eróticos, preparados para a publicação <i>post mortem</i>, revelariam, segundo essa hipótese, o fim de qualquer drama na obra do escritor. Talvez daí esses textos terem sido sempre menosprezados pela crítica. Pesquisas em arquivo comprovam, porém, que os textos eróticos tiveram sua primeira organização para o prelo em 1954. Esses poemas conviveram, portanto, com o drama central da produção poética drummondiana e dele são resultado. Por que, então, o ocultamento dos poemas eróticos por tantas décadas? Nos anos 1950, afirmaria o poeta, a sociedade ainda não estava preparada para receber esse tipo de texto, confundido facilmente com uma exposição do gozo meramente individual. Nos anos 1970 e 1980,já se havia instalado uma "onda pornográfica" na literatura contemporânea, a ponto de não o poder poético (e político) daqueles poemas não ser mais compreensível. Interessa-nos interrogar como esse conjunto de textos pode nos fazer reler a modernidade em Drummond e como a leitura de obras contemporâneas pôde transtornar a poesia de um modernista.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>