ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:775-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">775-1</td><td><b>Vida-caleidoscópio: Leminski leitor de Benjamin</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Elisa Helena Tonon </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Paulo Leminski escreveu uma série de biografias, reunidas postumamente no volume intitulado <i>Vida<i>. São textos que evidenciam uma concepção de literatura e de história, especialmente, que muito se aproximam daquela que Walter Benjamin apresenta em suas <i>Teses sobre o conceito de história<i>  texto que é publicado no Brasil em 1985, com tradução de Sérgio Paulo Rouanet, pela editora Brasiliense, mesma editora que publicou as quatro biografias de Leminski entre os anos de 1983 e 1986 (além dos outros livros e traduções do poeta). Nesse conjunto de textos, é possível detectar um procedimento de montagem em ação, ao reunir analogicamente elementos díspares o texto dá forma a uma figura que é menos o  personagem biografado (Jesus Cristo, Trótski, Bashô, Cruz e Sousa) e mais a imagem de um caleidoscópio  uma <i>imagem-malícia<i> (Georges Didi-Huberman). Essa imagem se configura na escritura, marcada pela linguagem coloquial, com frases curtas, tom entusiasmado e uma reunião vertiginosa de referências culturais que, estrategicamente, estabelecem uma relação próxima com o leitor, um <i>contato<i>, comunicam uma ideia, como pretendia Leminski - a vida, ou a <i>sobrevivência<i> de uma origem. O texto dessas biografias traz à tona a questão que o trabalho de Leminski e também a poesia mais recente, marcada pela passagem do século, nos apresentam: a da (im)possibilidade de um projeto estético como motivo e origem para a literatura.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>