ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:789-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">789-1</td><td><b>Trânsitos culturais: (re)invenção nacional e experiência diaspórica em Nação crioula de José Eduardo Agualusa.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Wesley Barbosa Correia </u> (CEAO/UFBA - Centro de Estudos Afro-Orientais) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Nação crioula: a correspondência (secreta) de Fradique Mendes figura-se como espaço de observação da articulação de elementos identitários no que concerne à  invenção da nação bem como da manifestação de planos ideológicos distintos assim representados através da linguagem. Não obstante, o escritor angolano José Eduardo Agualusa revela a natureza de uma profunda malha relacional construída cultural e historicamente entre Angola e Brasil, a partir da política do Estado Colonial Europeu comum aos dois países. Para isso, duas estratégias discursivas se evidenciam no decorrer da narrativa epistolar: a primeira delas está relacionada à necessidade peremptória de resguardar e analisar aspectos etno-raciológicos no fenômeno do  (trans)nacionalismo  para se pensar a problemática em termos diaspóricos  e a segunda, uma espécie de revisão dos registros históricos oficiais bastante disposta a reconfigurar os espaços geopolíticos dessas colônias no contexto da pós-modernidade. A razão pela qual Agualusa reconstrói o personagem Carlos Fradique Mendes, originalmente criado por Eça de Queirós para representar as novas idéias e as mais importantes correntes do pensamento europeu do final do século XIX,  um homem de idéias determinante para o movimento intelectual do seu tempo segundo o escritor português, é de que reside aí a possibilidade real de apropriar-se do discurso assimilado como hierarquicamente superior a fim de evidenciar-lhe as incongruências, mobilizando-o e tornando-lhe públicas as vacuidades, ou ainda para destituir-lhe a sacralidade unilateralmente legitimada. Ao fazê-lo, Agualusa acaba por estabelecer novos focos de análise das relações sociais em Angola oriundas do colonialismo europeu e do trânsito que se tornou possível via Atlântico Sul entre Europa, África e Brasil. Assim, é possível identificar o Fradique Mendes em Nação crioula como um sujeito desterritorializado a quem o espírito cosmopolita e as experiências acumuladas através das viagens conferiram uma identidade multifacetada, nacionalmente heterogênea e polissêmica.Neste processo, torna-se inevitável o diálogo, quando não o confronto, entre as teorias que subsidiam o próprio conceito de nação, arquivo, memória, hibridismo cultural, considerando dentre outros os estudos de Benedct Anderson, Homi Bhabha, Stuart Hall e Paul Gilroy. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>