ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:830-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">830-1</td><td><b>REPRESENTAÇÃO E HUMOR EM DOIS ROMANCES CONTEMPORÂNEOS</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Sylvia Helena Telarolli de A. Leite </u> (UNESP - FCLAR - Universidade Estadual Paulista) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Esta comunicação apresentará a análise de dois romances de Luiz Ruffatto, "Eles eram muitos cavalos" (2001) e "Estive em Lisboa e lembrei de você" (2009), autor expressivo da ficção contemporânea no Brasil, procurando observar como nos textos o efeito de humor interfere no modo que se dá a representação da realidade. O cômico, entendido aqui como uma espécie de gênero, comporta distintas modalidades, delimitadas por nuances às vezes sutis; partimos do pressuposto de que nos dois textos encontra-se muito marcante a presença do humor. Entende-se humor como expressão vinculada à comicidade, mas que amalgama em sua constituição elementos cômicos e trágicos. Como sustentação para a análise serão utilizados estudos clássicos sobre o humor, como os de Pirandello ( "O humorismo") , Propp ( "Comicidade e riso") e Freud ( "O chiste e suas relações com o inconsciente") bem como será objeto de interesse o modo como a focalização atua no aguçamento ou na diluição do humor. No primeiro romance o humor é presença secundária, que aparece episodicamente, como recurso para atenuar o peso das situações de extrema tragicidade vividas por diferentes personagens no decorrer de um dia, em São Paulo; no segundo, o humor é presença visceral, indispensável à abordagem do cotidiano, tão verdadeiro quanto absurdo do protagonista, em Cataguazes, interior de Minas Gerais e depois em Lisboa. Os dois textos aqui abordados mostram que o humor pode expressar a crítica, mas pode também ser uma forma de lidar com os afetos dolorosos ou recalcados; em sua complexidade, abrange várias modalidades de riso e pode expressar, para além da crítica, também uma forma de acolhida, de reconhecimento e aceitação da diferença. As duas narrativas abordadas apresentam projetos de vida dissolvidos ao longo do tempo, ilusões e esperanças esgarçadas no confronto com as surpresas do destino, as reviravoltas que a vida dá. Em ambas as narrativas o autor recorre ao humor como forma de enfrentamento do ceticismo, ante a descrença em quaisquer utopias. O estudo dos temas de que trata o humor, assim como os recursos estilísticos, formais, estruturais utilizados para o seu traçado certamente elucidarão aspectos relevantes para a compreensão da maneira como, nos textos, o autor constrói sua representação da realidade brasileira.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>