ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:837-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">837-1</td><td><b>Marcas das Passagens e(m) a Falta que Me Faz</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Ramayana Lira </u> (UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O documentário A falta que me faz (2009), de Marília Rocha, retrata um grupo de meninas moradoras da localidade de Curralinho, um enclave na Cordilheira do Espinhaço (que avança pelo norte do estado de Minas Gerais), vivendo o fim da adolescência, negociando um romantismo impossível que deixa marcas em seus corpos e na paisagem a seu redor. A passagem para a vida adulta mostra-se marcada pela incerteza e embebida em um universo onde as marcas na pele das garotas remetem à ausência do homem e acabam representando uma forma de conter a sua passagem, a fuga do parceiro. O filme se organiza, assim, a partir das tensões que surgem entre a imobilidade física das personagens e seus voos em um imaginário impossível. Essa parece ser uma das principais forças expressivas do filme - e que se torna objeto principal dessa proposta: o jogo presença/ausência e mobilidade/imobilidade, que tão bem caracteriza a noção de retrato (e que já está sugerido no próprio título do filme). Através da imersão no mundo restrito de suas protagonista, o documentário opera de forma marcante o que, para o filósofo francês Jean-Luc Nancy é uma das funções da arte:  tornar intensa a presença de uma ausência, enquanto ausência". A noção de retrato aparece aqui como motivo (no sentido musical) para a análise: o que a presença na imagem solicita de ausência. Nesse sentido, proponho analisar a forma como o filme de Marília Rocha retrata a vontade de se marcar - de fazer da marca uma evidência do vivido, um souvenir da ausência - em inteligentes jogos de extracampo e som. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>