ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:838-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">838-1</td><td><b> DESVARIO EMBORA, LÁ TEM SEU MÉTODO ! OU QUINCAS BORBA, O OUTRO LADO DA SERIEDADE BURGUESA </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Carla Cristiane Martins Vianna </u> (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>No intuito de investigar algumas questões ainda nebulosas na crítica de <i>Quincas Borba</i>, o presente trabalho inspirou-se na leitura da tradição romanesca do século XIX realizada por Franco Moretti, crítico que, na esteira de Auerbach, leu a seriedade característica do capitalismo racional-burocrático inscrita na narrativa de autores como Balzac e Flaubert. Assim, conforme a leitura morettiana, os anos do Oitocentos representaram o "século sério" na vida e na arte da sociedade de então, pois tanto uma quanto a outra refletem um compromisso com a regularidade e a racionalização burguesas, critérios definidores de romances como <i>Robinson Crusóe</i>, por exemplo. Tal lógica também é explicativa dos traços contidos e sóbrios de romances como <i>As ilusões perdidas</i> e <i>Madame Bovary</i>, tendo em vista que a forma do gênero romanesco mimetizava a seriedade como confiabilidade e método. O acerto de contas com a realidade encarado como um valor pela sociedade oitocentista foi problematizado por Moretti especificamente nas literaturas da França, da Grã-Bretanha e da Alemanha. Por essa razão, o movimento argumentativo do nosso estudo realizará um deslocamento dialético do exposto por Moretti, contrapondo as teses acerca do século sério refletido na literatura oitocentista desses locais com uma leitura crítica do romance de outras nacionalidades, ou melhor, cotejando o tratamento dado à seriedade burguesa por Balzac e, posteriormente, por Eça de Queirós com aquele que é configurado na literatura de Machado de Assis, especialmente no <i>Quincas Borba</i>. Tal metodologia se orienta por uma questão específica: a seriedade burguesa como estilo (ou cultura) teve vez em literaturas periféricas ou, adotando a metáfora de Antonio Candido, em galhos secundários de arbustos de segunda ordem no jardim das Musas? Em outras palavras: qual o lugar do romance de Eça de Queirós e de Machado de Assis no panorama de um século percebido como o do auge da seriedade burguesa? No esforço para responder a essa pergunta, analisaremos até que ponto houve a tal seriedade burguesa como um estilo cultuado na literatura queirosiana, bem como investigaremos o contraponto brasileiro representado pelo romance machadiano. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>