ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:913-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">913-1</td><td><b>Uma análise da palavra como agente parasitário na literatura de William Burroughs</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Alexsandre Adir de Souza </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A procura por palavras despidas de contaminações e impurezas, de palavras singulares, novas a cada repetição, limpas, isoladas e esterilizadas é, talvez, uma das maiores obsessões do escritor estadunidense William Burroughs, que utilizava a técnica <i>cut-up</i> para dilacerar e recombinar textos de outros autores com sua própria produção. Se as palavras são artefatos, objetos que têm o seu correspondente no plano físico ou mesmo entidades autônomas que buscam hospedeiros para habitar, manipular e se auto-replicar, devem ser domesticadas, estilhaçadas, recombinadas e subordinadas aos desejos desse hospedeiro que almejam controlar. Aparentemente inofensivas, para Burroughs elas podem levar seu hospedeiro a cometer atrocidades de composição em um ciclo invisível e sutil, mas transbordando de esporos virulentos, de devires tendenciosos, ressonâncias, repetições e bloqueios. Com sua ação performática, Burroughs consegue suplantar a repetição dos textos apropriados, alcançando um sistema singular com a ajuda do <i>cut-up</i>.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>