ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:923-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">923-1</td><td><b>A cidade e o discurso literário sobre o urbano, em uma narrativa de Moacyr Scliar</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td>Belmira Magalhães (UFAL - Universidade federal de Alagoas) ; <u>Belmira Magalhães </u> (UFAL - Universidade federal de Alagoas) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>RESUMO: Esta comunicação tem como objetivo analisar a relação da cidade com a representação literária que Moacyr Scliar realiza no conto História porto-alegrense, da década de setenta do século passado, assinalando o papel da arte na relação entre a realidade e a constituição das subjetividades modernas, tendo como pressuposto o referencial teórico de Georg Lukács sobre a relação sujeito/objeto em arte. A cidade e a representação da cidade na literatura sempre caminharam paralelamente. Com o início da modernidade, as cidades adquirem uma importância fundamental para o entendimento das sociedades ocidentais. O conto apresenta duas temáticas principais entrecruzadas  as relações de classe e de gênero &#8722;, mas efetivamente revela como as relações entre aqueles que dominam o espaço urbano e os pobres são o fundamento da configuração do espaço urbano. Evidentemente esse não é o único fator que define o mapa da cidade, por isso o romancista agrega a essa base fundante outras categorias que explicam a ocupação e a desocupação de bairros, a especulação econômica, a retirada de populações de determinados lugares, como Baudelaire havia feito no século XIX, sobre Paris, no conto Os olhos dos pobres (Baudelaire,1995). A violência é o tema dos dois contos, e o narrador alerta para as consequências da lógica do sistema capitalista sobre a individualidade, que usa o ser humano como coisa, deslocando-o sempre que necessário para a manutenção do lucro e do prazer da classe que domina, e não permitindo ao homem/mulher se perceber como centro de sua própria vida. O indivíduo perde a capacidade de se ver como gênero humano, passando a sobreviver no emaranhado de sua cotidianidade. No conto de Scliar, perpassando essa relação está a cidade que, com sua fisionomia, cria uma paisagem de naturalidade entre pobres e ricos, a fim de que as consciências de seus habitantes se acalmem. A narradora de Scliar (uma mulher, uma cidade, um país) cala-se diante de toda a violência sofrida, aceitando-a como natural à condição de oprimida e internalizando-a. No entanto, há no conto também a possibilidade de que as opressões sejam combatidas. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>