ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:931-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">931-1</td><td><b>"Por que não dancei", de Esmeralda Ortiz: testemunho da violência de gênero e raça</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Ana Paula Costa de Oliveira Kamizi </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O trabalho analisa a narrativa de vida de Esmeralda Ortiz, "Por que não dancei" como texto testemunhal, já que é constituída por diversos elementos desse "gênero". Esmeralda é uma ex-menina de rua, negra, favelada, ex-viciada em crack. Ela narra sua vida aos vinte anos, quando recuperada de seu vício, descreve sua trajetória e de outras meninas de rua, incluindo passagens pela FEBEM, abuso sexual e preconceito racial, entre outros. Sua narrativa testemunhal denuncia o descaso dos governantes brasileiros com a pobreza, o abandono das crianças, a fragilidade das instituições que deveriam atendê-las e a violência a que estão submetidas constantemente. A análise do testemunho de Esmeralda, com base nas teorias feministas e pós-estruturalistas, passa por questões como a relação entre discurso e identidade (HALL,2009), a experiência visceral (Stone-Mediatore, 1999), a (im)possibilidade de fala do subalterno (Spivak,2010) e a performance do gênero como resistência (Butler, 2003). Ainda que o enfoque da análise seja predominantemente ético-político, a leitura também coloca em evidência os recursos estéticos e as estratégias literárias adotadas pela autora no testemunho.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>