ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:933-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">933-1</td><td><b> ROAD MOVIES NO MUNDO: TRÂNSITO EM TRANSE </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Regina R. Felix </u> (UNCW - UNIVERSITY OF NORTH CAROLINA) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Muito se celebra, sob o cunho da perspectiva pós-moderna, o fim das hegemonias, das instituições (religiosas e racionalistas); celebra-se o esfacelamento da modernidade prenhe de abstrações totalizantes cujas certezas aprisionaram realidades e conhecimentos em poucos termos  o homem, a liberdade, o progresso. Sob novo escrutínio, revelaram-se experiências mais variadas e descontínuas; práticas múltiplas entre sexos, etnias, posições e desejos em movimentos plurais. Este ponto de vista pós-moderno se evidencia como uma supramodernidade que angaria consideráveis ganhos sociopolíticos. É a supramodernidade que tende a superar e transpor, antes discursivamente, toda forma de autoridade que se impôs através das convicções, principalmente científicas e organizacionais, da modernidade. Assinala, assim, a boa morte do convencional, como o atesta a visão pós-estrutural de Nietzsche, passando por Derrida e Foucault chegando a Lyotard, entre outros. Há, porém, perspectivas pós-modernas que se afiguram como uma mega-modernidade ao exacerbarem os efeitos funestos da modernidade, a saber, o racionamento e compartimentalização próprios da produção e reprodução industrial e da sociedade de massa (e de consume) com seus efeitos danosos, em detrimento de laços comunais. A mega-modernidade se espalha predatoriamente através da multiplicação de aparatos tecnológicos que, tanto incitam o desejo de consumo renovado por objetos, como criam consumidores atomizados e desconectados de suas redes sociais concretas. Se alguns desses aparatos possibilitam uma bem-vinda sensibilidade e convivência em rede virtual, mais perniciosamente, como resultado de engenharias sociais e de produção, encenam uma aceleração espaciotemporal que enfatiza o ultra-indivividualismo na descontínua e episódica experiência do processo social. A morte malévola do convencional. Aqui a crítica cujo horizonte sugere uma justiça socioeconômica, se estende ao capitalismo global, ou capitalismo tardio, como discutem Harvey, Jameson e Bauman. O presente trabalho procura mostrar que tudo o que nos leva a crer na possibilidade de livres trânsitos e fluxos, quebra de barreiras, e potencial ubiquidade  nem lá, nem cá, muito pelo contário; obviamente uma  síndrome de virtualidade adquirida  ou seja, aquilo que é culturalmente variado, múltiplo e socialmente enredado, para surpresa dos indivíduos que pretendem transitar e exercer suas liberdades, se revela descontínuo, simulado e isolado. Não são as pessoas, mas os aparatos tecnológicos, materiais e virtuais, são aqueles que têm livres trânsito e fluxo, se beneficiam da quebra de barreiras, e rigozijam-se na sua própria ubiquidade. Analiso quatro road movies  Road, Movie (Índia, 2009), Laila s Birthday (Palestina, 2008), Cidade Baixa (Brasil, 2005) e Ten (Iran, 2002). Neles, aquela qualidade típica desse gênero fílmico, qual seja, a liberdade das vias abertas contra  a opressão das normas hegemônicas (Steven Cohan e Ina Rae Hark, 1997) se choca com as realidades da pós-modernidade material. Ou seja, como o cinema internacional paralelo mostra o choque entre a supramodernidade e a mega-modernidade, como definidas acima, é o que este trabalho procurará mostrar.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>