ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:936-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">936-1</td><td><b>Narrativas transmídias e novos esquemas cognitivos: evolução e adaptação nos sistemas da escritura</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Glaucio Aranha Barros </u> (OCC - Organização Ciências e Cognição) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A sociedade contemporânea tem sido marcada por processos acelerados de mudanças e rupturas de fronteiras que, durante a modernidade, foram excessivamente valorizadas. Tais fronteiras, muitas vezes, turvavam a percepção para a complexidade dos mais diversos fenômenos, dentre os quais o literário. Henry Jenkins destaca o crescente processo de convergência dos saberes em nosso atual estágio sócio-econômico-cultural, o qual configura o que ele denomina de <i> sociedade de convergência </i>. Este processo seria impulsionado, principalmente, pelas transformações tecnológicas, que afetam múltiplas instâncias, dentre as quais os sistemas da escritura. A emergência das narrativas transmídias dá relevo a um novo estatuto da produção textual, que se ajusta às próprias transformações do ser humano na contemporaneidade, ou seja, aos novos esquemas cognitivos que hoje atravessam o pensar e o sentir. Em face da importância de se estabelecer uma reflexão interdisciplinar acerca da emergência das novas formas de escritura, elege-se no presente trabalho as chamadas <i> narrativas transmídias </i> como recorte e ponto de partida face sua imanente descentralização. Parte-se da premissa de que as rupturas e transformações das formas estão inextrincavelmente relacionadas com o processo de adaptação cognitiva humana e com a evolução da linguagem. Neste sentido, é proposta aqui uma análise acerca do sistema de escritura daquelas narrativas, partindo do campo da Literatura rumo a um diálogo com as ciências cognitivas, em especial as neurociências. Atento ao fato de que os campos de saber são permeáveis, serão aqui articulados conceitos e princípios da Teoria Literária, a percepção de Brian Boyd sobre a narrativa como ferramenta cognitiva de adaptação e evolução humana e, por fim, os estudos de Semir Zeki e de V. S. Ramachandran que propõem a aproximação destes campos, sob a perspectiva de uma <i> neuroestética </i>. Assim, a presente proposta está alinhada com perspectivas como a de Jonathan Gilmore que destaca a necessidade de construir pontes que diminuam o abismo entre as artes (dentre as quais a Literatura) e as neurociências. Orientação esta também partilhada por Robert Irwin que sugere a aproximação dos campos como necessidade para o enriquecimento do diálogo entre o  mundo sensível e o  mundo cognitivo . Busca-se, deste modo, entender a formação de novos sistemas de escrituras como processos de adaptação e de evolução humana. Vista de tal modo, sugere-se uma abordagem da escritura como componente inserido no corpo e na mente. Trata-se, portanto, de perceber o texto como parte inseparável da condição humana e as metamorfoses da escritura como parte do seu desenvolvimento, da experiência de <i> humanidade ciente de </i>, como aspecto fundamental para a constituição do saber diante de um mundo em constante mutação. Assim, a escritura e as adaptações dos esquemas cognitivos se complementam como espelhos convexos refletindo e amplificando um ao outro.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>