ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:944-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">944-1</td><td><b>Olhares estrangeiros</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Adriana Sucena Maciel </u> (PUC - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Os griots, homens e mulheres da África Ocidental, numa cultura centrada na oralidade, são os responsáveis por manter viva sua história, são os artesãos da palavra. Nesta cultura, a palavra carrega, assim como tudo o que vive, uma força concreta e perigosa, o artesão aprende a domá-la. Griots são tradicionalistas, genealogistas, contadores de histórias, músicos, conselheiros, seu ofício é se ocupar da palavra, que, durante sua performance, está sempre ligada a outras artes, como a dança e a música. Sua tradição remonta ao século XI, e eles têm, até hoje, grande atuação nos países em que vive. O espaço literário é o espaço da oralidade, que, aqui, não parece responder a uma falta de escrita, mas uma opção ética, que, para alguns pensadores africanos deve ser chamada de oratura. O encontro com a arte dos griots, com a maneira como ela se integra ao cotidiano dos lugares que ocupam, uma arte que não delimita fronteiras rígidas entre diferentes formas de expressão, que tem a palavra como centro fluido, enfim, com este outro, pode proporcionar estranhamentos potentes sobre a maneira como o chamado ocidente, conceito que também parece um pouco flutuante hoje, produz arte e se relaciona com diferentes linguagens. Cada vez mais as fronteiras entre linguagens e espaços parecem embaçadas. Estamos sempre, de alguma forma, em movimento, ocupando espaços estrangeiros. Mais do que buscar entender as diferenças, que, por vezes apresentam limites concretos, e confortá-las, o encontro com o outro, sempre desconhecido, possibilita, na volta, um olhar contaminado, olhar de estranhamento para a cultura da qual fazemos parte, tornado-nos, também de nós, estrangeiros </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>