ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:951-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">951-1</td><td><b>Nomadismo, língua e escritura em Os Nomes de Oran, de Hélène Cixous</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Patricia Rodrigues Esmanhoto </u> (UFPR - Universidade Federal do Paraná) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A presente comunicação pretende apresentar a questão do nomadismo na escritura da escritora judia, de origem argelina e alemã e de fala francesa, Hélène Cixous, a partir da análise do texto <i>Les Noms d'Oran<i> (2003). Nesse texto, Cixous retorna à sua cidade natal na Argélia e nos leva em uma peregrinação por ruas e paisagens que associa as línguas de sua infância - francês, alemão, árabe e hebraico - à natureza, aos odores e aos alimentos, os quais estão, por sua vez, inextricavelmente associados às palavras. É um percurso de riquezas recordadas, mas também de luto pela perda dos "tesouros sonoros" que o saber (o aprendizado do significado corrente das palavras) provoca de maneira irreversível. A escritura de Cixous, autora literária inédita no Brasil, é marcada pelas questões do multilinguismo (comum a toda literatura magrebina ou a autores de origem magrebina exilados em outros países, como é o caso dela), do exílio, da memória, do nome, do estrangeiro e da hospitalidade. Nesse sentido, é preciso lembrar que Cixous manteve um íntimo diálogo de 40 anos com o filósofo Jacques Derrida, também judeu franco-argelino, sobre todas estas questões, tendo ambos escrito sobre a obra do outro ou, ainda, obras em parceria. O nomadismo existencial de Cixous, dividida entre vários países, culturas e línguas, acaba por fazer das línguas seu único "território", para além de qualquer nacionalidade. Na sua escritura, há uma paixão pelo intraduzível das línguas, intimamente ligado ao aspecto da oralidade intrincada na escrita, assim como ao da opacidade (línguística e cultural) - ao direito à opacidade que ela, tal como Édouard Glissant, reivindica à literatura, ao saber e às relações culturais e humanas. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>