ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:956-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">956-1</td><td><b>A ideia de processo no conceito de crioulização: primeiras hipóteses</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Alcione Corrêa Alves </u> (UFPI - Universidade Federal do Piauí) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O conceito de crioulização, na formulação proposta por Édouard Glissant, tem oferecido uma base teórica frutífera a pesquisadores dedicados a compreender  os fluxos conjuntivos e disjuntivos das transferências culturais e seus resultados: novas formas e práticas culturais fractais entre fronteiras permeáveis (WALTER, 2008). Uma fortuna crítica permitiria perceber que trabalhos acadêmicos recentes de pesquisadores brasileiros (inclusive a tradução de <i>Introduction à une poétique du Divers</i> por Enilce Albergaria Rocha) optam amiúde por traduzir o conceito de <i>Étant</i> por <i>Sendo</i>, com vistas a compreender o caráter processual inerente ao conceito de crioulização. Contudo, Roland Walter (2008) é levado a pensar não em termos de Ser/Sendo, mas de <i>being/becoming</i>, ao passo que Maria Bernadette Velloso Porto (2008), em artigo sobre a obra de Ernest Pépin, opta por <i>Devir</i>. Ambos os casos, a princípio, parecem representar um ganho de análise em relação a outros trabalhos paradigmáticos da comunidade acadêmica brasileira em torno do tema. A presente comunicação pretende, portanto, investigar em que medida o termo <i>Devir</i> se mostra uma tradução  e consequente apropriação  mais adequada ao conceito de Glissant quando comparada a <i>Sendo</i>, alternativa cujo uso oferece elementos a uma hipótese norteadora: o caráter gerundivo do verbo ser não compreenderia a complexidade do <i>processo</i> enquanto um dos elementos centrais ao conceito de crioulização. Em lugar da oposição Ser/Sendo, esta comunicação propõe que a oposição Ser/Devir mostra-se mais frutífera haja vista a oposição em inglês <i>being/becoming</i>, bem como a presença de <i>Devir</i>, seja verbo ou substantivo, em alguns dos autores basilares às formulações de Glissant (tais como Gilles Deleuze e Jacques Derrida), assim como em suas respectivas traduções em português brasileiro. Nas etapas posteriores de desenvolvimento desta pesquisa, caberá indagar quais as consequências do uso de <i>Sendo</i> em interpretações construídas pela comunidade científica brasileira com base no pensamento de Glissant, em suas análises da literatura antilhana de língua francesa, bem como explicitar os conceitos de <i>comunidade científica</i> e <i>paradigma</i> a fim de aprimorar o domínio do que se entende aqui por  comunidade científica brasileira em torno dos estudos literários interamericanos e estabelecer, destarte, um problema epistemológico relevante. Cabe, por fim, destacar a afinidade desta comunicação à Tese de Doutorado em andamento, intitulada  Francofonia(s) e seus lugares de enunciação: estudo crítico do conceito , com previsão de defesa em março de 2012.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>