ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:957-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">957-1</td><td><b>Confluências de leituras em figurações romântico-autoficcionais: Sarmiento e Whitman lidos por Borges</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Breno Anderso Souza de Miranda </u> (PÓS-LIT UFMG - Pós-Graduação em Estudos Literários UFMG) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Se o que Jorge Luis Borges entendeu como romantismo foi apenas formalismo conceitual e retórico (como lhe era muito característico) sem nenhuma relação à temporalidade do romantismo que ficou conhecido como escola literária (em suas diversas facetas), qual então seria o sentido de se despender alguma atenção a autores canônicos dessa  escola como Sarmiento e Whitman, não como simples figurações abstratas, mas enquanto artífices dessa visão de mundo? Borges foi leitor de Sarmiento e Whitman durante um longo processo de sua escrita. Os comentários de Borges sobre esses escritores estão relativamente distantes de visualizá-los como o que ficou conhecido como  gênios românticos. A presença marcante desses escritores em sua biblioteca  real ( que não era tão infinita mas muito seletiva e contingente) desperta interesse para discutir mais uma vez pontos ambivalentes de seus valores críticos e estéticos e de seu processo de escrita. Distante de uma apologia ao fantasmal e a algum essencialismo estético, ficcional ou literário, a rígida distinção entre os estilos clássico e romântico, mesmo que elaborada por um Borges  teórico que pairaria sobre suas ironias e sobre as querelas acadêmicas e cotidianas, não nos dá arcabouços suficientes para interceder por uma mimesis pretensamente borgiana em seu ato de leitura, ou até mesmo a recusa de toda e qualquer mimesis em sua ficção-crítica. Sim, o "arquiteto de universos" não tivera o poder de se eximir da série literária e do mundo, entendido não apenas como materialidade. O universo borgiano atravessa e é atravessado pela mimesis moderna, segundo a entendeu Philippe Lacoue-Labarthe. Aqui mimesis não pode ser confundida como imitação do  real , como a simples leitura de uma suposta  realidade , mesmo que ideal, ou com alguma tentativa de se aproximar da verossimilhança. Alguma lógica da mimesis perpassaria pelo paradoxo e não pela simples reprodução ou representação do que quer que seja. Paradoxos e  duplos que não cessariam até mesmo no narrador borgiano de ensaios, prefácios e textos críticos (que não se situam no terreno literário propriamente dito). Assim Borges poderia ser lido como um autor-narrador-leitor de aproximações e não distanciamentos em relação ao mundo, mesmo que ficcional. O Borges  empírico sai à procura de autoficções, de figurações de escritor em alguma intensidade crítico-romântica e utópica, ambiguamente expressiva e alusiva. A questão que nos preocupa não é a luta sem partidos ou vencedores da ficção borgiana contra os tais biografismos, seus e dos  outros e sim a imaginação-construção de mitos autoficcionais, dentro e fora das páginas dos livros lidos e escritos. Borges disse alguma vez que queria ter sido Walt Whitman ou que era seu amigo íntimo. Já sobre Sarmiento:  antes de la historia está el mito y por ese crepúsculo andan formas que, incomprensiblemente, son otras (& ). Tales monstruos pueden ser fruto de un arte combinatorio de la imaginación, (& ), pero también pueden figurar la sospecha de que cada cosa es las otras y de que no hay un ser que no encierre una íntima y secreta pluralidad . (CNPq)</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>