ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:962-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">962-1</td><td><b>A sensibilidade primitiva nos  Poemas de Ossian e na prosa indianista de José de Alencar.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Thiago Rhys Bezerra Cass </u> (USP - Universidade de São Paulo) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Revisitaremos um dos mais longevos  porém pouco desenvolvidos  tópicos do comparatismo brasileiro: a aproximação da sensibilidade dos antigos celtas, tal qual representada nos <i>Poemas de Ossian</i> (supostamente traduzidos por James Macpherson), àquela atribuída aos nossos indígenas em <i>O Guarani</i>, <i>Iracema</i> e <i>Ubirajara</i>, de José de Alencar. Buscaremos explicitar que, nos prefácios e notas de rodapé que abundam nas mencionadas obras, a consciência do homem primitivo é-nos apresentada em estado de plena comunhão com a natureza: essa consciência interagiria com o mundo de maneira direta, sem a mediação da razão, e não se encontraria constrita por quaisquer hábitos ou convenções sociais. Ao ser incorporada à economia narrativa dos poemas ossiânicos e do tríptico indianista de Alencar, essa caracterização da alma primitiva funciona como uma antitética solução literária para representar sociedades tragadas pelas forças da História. Numa primeira leitura, presta-se a glorificar personagens tidas como bárbaras noutros regimes estéticos, vinculando-lhes às virtudes do heroísmo espontâneo e da lealdade sem condicionantes. No entanto, como percebera Matthew Arnold ainda no século XIX, é dessa mesma sensibilidade que se extraem os elementos para a configuração literária de seu oblívio. Ao não submeterem sua conduta a considerações de conveniência e oportunidade, os selvagens de Macpherson e Alencar acabam por transitar por sendas em que o mencionado heroísmo espontâneo se confunde com sacrifício e a dita lealdade converte-se em sujeição. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>