ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:974-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">974-1</td><td><b>PERFIL E PERSPECTIVAS DA LITERATURA FRANCESA TRADUZIDA NO BRASIL</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Josely Bogo Machado Soncella </u> (UEL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A literatura traduzida ainda recebe pouco ou quase nenhum destaque na história da literatura brasileira, apesar de compor quase 30% do que é publicado atualmente pelo mercado editorial. Semelhante invisibilidade se dá também ao tradutor, ainda que este seja capaz de influir na constituição e no renovo da literatura do país. A língua a partir da qual mais se traduz é, obviamente, o inglês, com cerca de 70%, seguida do francês, com apenas 10% desse mercado. A teórica Pascale Casanova (2002) afirma que determinadas culturas são mais abertas a outras e por isso importam mais textos literários, fato que pode também atestar a posição central ou periférica do país. Segundo esse pensamento, no Brasil, a importação de livros seria mais frequente. Contrariamente, países centrais importariam menos e exportariam mais, como acontece com os Estados Unidos e a Inglaterra. Entretanto, isso não acontece com a Alemanha e com a França, países que não obstante sua condição central preservam sua abertura a culturas estrangeiras. A estudiosa aponta a existência de uma  república mundial das letras , ou seja, um campo literário internacional regido por suas próprias leis, bastante distinto do mapa político internacional. Paris, espécie de capital literária de tal república, é o lugar que concentra grande crédito e prestígio literários, ou seja, espaço a partir do qual se pode ou não consagrar a literatura de determinado país. O tradutor é, portanto, um criador de capital literário para seu país, pois é responsável pelo intercâmbio cultural entre as nações, cada qual com seu capital literário próprio, mas todas desejando participar e se destacar dentro da tal república. Nem sempre, como vimos, essas trocas se estabelecem de forma equilibrada. O Brasil, apesar de todo um sistema literário estabelecido e a despeito de sua Literatura consagrada nacionalmente, situa-se na periferia desse campo literário internacional, assim como outros países da América Latina, pois não possui o capital literário acumulado que possa lhe trazer o reconhecimento internacional, reconhecimento esse que segue regras tais como antiguidade, volume, crédito do autor ou do tradutor, status da língua, entre outras. Na presente comunicação, parte de nossa pesquisa de doutoramento, buscamos realizar um levantamento da literatura francesa traduzida no Brasil nos últimos dez anos, a fim de refletir sobre as relações de troca entre esses dois países, tendo em vista aspectos histórico-culturais, sem esquecer das forças econômicas do âmbito nacional e internacional que regem esse intercâmbio. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>