ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:987-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">987-1</td><td><b>O silêncio da campina: a configuração do meio rural na poesia de Zila Mamede</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Carlos André Pinheiro </u> (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Zila da Costa Mamede (1928  1985) é um dos nomes mais representativos da literatura do Rio Grande do Norte. Os lugares e os hábitos da sociedade potiguar são temas recorrentes em sua poesia. A representação do espaço, contudo, merece especial atenção, pois é através dessa temática que a poetisa apresenta toda a estrutura de uma sociedade. Para este trabalho, pretendemos analisar apenas as representações do meio rural, voltando-se mais especificamente para o estudo de sua natureza estrutural e simbólica. Primeiramente, o campo aparece como uma espécie de antídoto contra as hostilidades do mundo moderno. Dessa forma, o meio rural só adquire um sentido papável na medida em que for relacionado com as experiências desencadeadas na cidade. É através do espaço, pois, que Zila Mamede sintetiza a natureza de dois mundos distintos: um marcado pelo desequilíbrio (a cidade) e outro assinalado pela harmonia (o campo). Pode-se dizer que a caracterização da realidade rural adquire contornos idílicos no decorrer da obra de Zila Mamede. De certo modo, a visão agregadora lançada sobre as matérias campestres acaba superestimando os eventos desencadeados no campo. Com efeito, na lírica mamediana, o campo desempenha a função de oferecer um fundamento sólido e ordenado para o sujeito. Mais do que isso, o campo reestrutura a personalidade de um indivíduo afetado pela experiência reificante das grandes cidades. É por esse motivo que, na maioria dos casos, o meio rural é captado pelo prisma da lembrança, que retorna a uma época em que o eu-lírico mantinha uma relação mais afetiva com a sociedade. À primeira vista, tem-se a impressão de que o meio rural está imune a todo tipo de conflito e drama social, mas algumas passagens da obra de Zila Mamede evidenciam os aspectos negativos desse espaço  como a seca, a fome e a tortura sofrida pelos animais. Trata-se, portanto, de um trabalho que procura relacionar aspectos de uma região periférica (o campo) com a representação do centro urbano. De certa forma, esse diálogo constitui a base das relações sociais instituídas no país. Tomando o princípio da redução estrutural (proposto por Antonio Candido) como veio condutor da pesquisa, as análises procuram evidenciar o modo como a realidade do campo se transforma em componente de uma estrutura poética. Nesse sentido, a configuração rítmica desempenha importante função no processo da criação literária, pois é através desse recurso estrutural que Zila Mamede também procurar reproduzir a serenidade do campo.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>