ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1004-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1004-1</td><td><b>Dorotéia: a maldição do amor e a desumanização feminina</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Juliana Passos </u> (UFPR - Universidade Federal do Paraná) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Dorotéia, escrita por Nelson Rodrigues em 1949, é destoante não apenas dentro da obra de Nelson Rodrigues, mas, ainda hoje, como parte do teatro brasileiro. Dentro da obra teatral rodrigueana, ao mesmo tempo em que se identificam inúmeros paralelos com outras peças, especialmente pela recorrência de temas e personagens (como a prostituta e a prostituição, a moral e a perversão da moral sexual dominante, a religiosidade e as celibatárias histéricas), esteticamente, inserida no plano do onírico e do absurdo, Dorotéia diverge da proposta realista presente na maior parte da obra do autor. Na peça, acompanhamos a sina de Dorotéia e das outras mulheres da família, condenadas a desumanização e a negação do corpo, dos sentimentos e da sexualidade como expiação do pecado da avó, que amou um homem e casou-se com outro. Dorotéia, linda e amorosa, nega seu destino e entrega-se aos prazeres carnais. Este é seu crime, e por este pagará com a vida do próprio filho. Buscando a sua remissão, Dorotéia procura as primas celibatárias e deformadas e terminam aceitando o destino das mulheres da família: apodrecer juntas. Neste trabalho, pretende-se analisar a representação feminina e a condenação do corpo e da alma da mulher a partir dos discursos  especialmente o discurso médico e religioso  presentes na história brasileira, sobretudo nos registros históricos do Brasil colonial organizados por Mary Del Priore, e que permearam a formação do imaginário nacional acerca do feminino.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>