ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1017-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1017-1</td><td><b>BRECHT NO INTERIOR DO PARANÁ: A ATUALIDADE DO TEATRO ÉPICO-DIALÉTICO LONGE DA METRÓPOLE</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Alexandre Villibor Flory </u> (UEM - Universidade Estadual de Maringá) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A proposta deste Simpósio, calcada na boa tradição crítica materialista, cria espaço para contribuições das mais diversas áreas. O teatro, embora não mencionado explicitamente, constitui uma delas, a se lembrar da crítica do teatro épico-dialético de Brecht e sua influência no pensamento estético benjaminiano. Sua rica recepção e atualidade no Brasil formam um campo de interesse para autores como Roberto Schwarz e Sérgio de Carvalho, entre muitos outros. Além disso, o papel do teatro para a história da literatura brasileira é muito significativo, a despeito de seu apagamento e desprezo acadêmicos. Essa quase extinção faz ecoar a asserção de Benjamin que afirma ser todo documento da cultura um documento da barbárie. A leitura de nossa história literária  a contrapelo exige, portanto, a remissão ao teatro. Pontuando apenas dois momentos decisivos do teatro nacional, remetemos ao surgimento e importância do teatro de Arena no final dos anos 50, bem como o teatro volante do CPC da UNE, num clima efervescente que envolvia os terrenos político, econômico e artístico, processo estrangulado pelo golpe de 1964 e pelo endurecimento de 1968. Outro momento decisivo e atual ocorre com o fortalecimento, a estruturação e a disseminação do teatro de grupo, a partir dos anos 1990. Essa formação é marcada por grupos relativamente estáveis, com repertório idem, pesquisa teatral, formação de um público crítico-reflexivo, com experimentações artísticas que expressam questões de relevo social, buscando a mediação entre forma literária e processo social, contra o primado do espetáculo isolado. A formação de um público dialético aponta para o nervo central dessa nova configuração, pois se apresenta como uma possibilidade de crítica da totalização negativa preconizada e realizada pela arte como indústria cultural. Nesta comunicação, pretendo discutir a formação e importância do trabalho de grupo do Teatro Universitário de Maringá (TUM), iniciando em 1987 com uma montagem conceituada de A exceção e a regra, de Brecht, desde então discutindo questões como a da autonomia da arte em uma cidade média e sem tradição teatral forte, com resultados notáveis. Sua última encenação brechtiana, Medidas contra a violência (2006), é uma montagem de poemas, cenas de peças e textos teóricos de Brecht, em especial suas Histórias do Sr. Keuner, momento-chave de consolidação do pensamento dialético na obra do dramaturgo alemão. A comunicação se centrará no estudo dessa montagem  como forma e como encenação  , que sintetiza a história do grupo, sua relação com outros centros e linguagens, e sua dinâmica com um público ainda receoso, mas receptivo. A encenação é marcada pelo off narrativo, pela fragmentação técnica e psicológica e pela dialética profunda em torno do conceito de violência, sendo a pior e mais cruel aquela da normalidade e naturalização da suposta paz burguesa  o que contradiz as expectativas suscitadas pelo título, que alude às lições de um manual de auto-ajuda. Além disso, não há personagens que possam criar identificação, o que, associado à falta de enredo, causa um impacto no público que vem à tona no debate pós-peça, exigido pela montagem, que continua nesta comunicação. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>