Resumo

Machado de Assis, no artigo de crítica literária "Instinto de nacionalidade", condena o excesso de descritivismo na literatura brasileira, a pesar do recurso nos ter dado belas páginas segundo ele. O escritor propõe o trabalho com a psicologia dos personagens. Em seus contos recorre pouco à descrição direta da paisagem física ou social, mas ainda assim as retrata com a ousadia de nenhum outro escritor do fim do século XIX. As ações dos personagens deveriam estar, primeiramente, na psicologia dos mesmos. Assim, emprega com muito equilíbrio a descrição e, de certa forma, parece tocar no conselho de Lessing em "Laocoonte": a poesia (por extensão a literatura) só deveria descrever os corpos evocando-os a partir das ações dos personagens. Uma vez que emprega com parcimônia a descrição, certas vezes, Machado também cita obras da pintura ou fotografia (no romance) para de certa forma ajudá-lo a compor a cena. Esse recurso é realizado de maneira a causar uma verdadeira integração entre literatura e imagem. Em vez de descrever o quadro, insere seu leitor dentro da imagem, faz as figuras das telas quase participarem da ação. Desta forma, o texto literário machadiano não separa possibilidades de integração entre literatura e imagem, mas aponta aspectos mistos entre esses aspectos.਀㰀⼀昀漀渀琀㸀㰀⼀瀀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀