ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1020-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1020-1</td><td><b>O SABER DA LAGOINHA NA NARRATIVA DE WANDER PIROLI</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Marcelino Rodrigues da Silva </u> (FALE/UFMG - Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O livro "Lagoinha", de Wander Piroli, foi lançado pela editora Conceito em 2003, como parte da coleção "BH: a cidade de cada um", constituída por pequenos volumes dedicados à memória dos lugares, histórias e personagens da capital mineira. Conforme o texto de apresentação, a obra é composta por "crônicas", algumas inéditas, outras publicadas em jornais ou lidas em transmissões radiofônicas, nas quais o autor conta suas lembranças do bairro onde viveu durante grande parte de sua vida: a Lagoinha, conhecida como a mais tradicional zona boêmia da cidade, cujo centro vital (a praça Vaz de Melo) foi destruído em 1984, para dar lugar à reforma de um complexo de túneis e viadutos. Reunidos confortavelmente sob essa rubrica elástica - a crônica -, esses textos deslizam sutilmente por diferentes convenções genéricas e seus respectivos pactos de leitura: do depoimento sobre experiências pessoais, que se aproxima da autobiografia, com seu apoio na referencialidade do tema e na identificação entre autor e narrador; passando pelo relato memorialístico, que resgata personagens marcantes e casos curiosos do passado, erigindo lugares da memória e articulando lembranças individuais e coletivas; até chegar a textos que funcionam como pequenos contos, assumindo abertamente um certo caráter ficcional e construindo uma visão mítica do universo boêmio que animava a localidade em seus "bons tempos". Por meio desse progressivo deslocamento, Wander Piroli reinventa a Lagoinha, impregnando-a com sua memória afetiva e produzindo, sobre o bairro, a cidade e o processo de modernização vivido por esses lugares, um tipo de reflexão e saber que somente é possível pelo recurso à ficcionalidade. Local e global, particular e universal, tradicional e moderno, referencial e ficcional são, portanto, algumas das categorias que a leitura dessa obra coloca em pauta, levando o analista a rever sua pertinência para o estudo e a compreensão da produção literária e cultural realizada em contextos urbanos e periféricos, como a cidade de Belo Horizonte.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>