ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1028-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1028-1</td><td><b>HISTORIOGRAFIA/TERATOLOGIA: A IRREDUTÍVEL OPOSICIONALIDADE DA CRÍTICA</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Nabil Araújo </u> (PÓS-LIT/FALE/UFMG - Pós-Lit / Faculdade de Letras / UFMG) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Em "Writing the history of criticism now?" (1985), Dominick LaCapra responde a uma tal pergunta com uma outra, como se reconhecesse aí um obstáculo aparentemente intransponível: "como alguém escreve uma história de um 'objeto' radicalmente heterogêneo e internamente dialógico?" Uma tal visão das coisas, ele a avalizava por meio da citação de um trecho de <i>On deconstruction</i> (1982), de Jonathan Culler, no qual se fala da "confusão" da teoria literária contemporânea e da crítica como um campo constituído por "atividades aparentemente incompatíveis". O curioso é que no livro de Culler a heterogeneidade e a dialogicidade da crítica que tanto impactarão a LaCapra surgem como plenamente subsumíveis a um novo "gênero" de produção discursiva denominado "Theory", do qual Culler se esforçará por fornecer, a partir de então, a teoria: já num texto de 1987, ele nos oferece a narrativa da gênese, do desenvolvimento e da progressiva institucionalização da "Theory" na universidade norte-americana; uma década depois, publica o manual que coroará a institucionalização definitiva do referido gênero discursivo como prática teórico-crítica hegemônica no mundo de língua inglesa: <i>Literary theory: a very short introduction</i> (1997). Mas se já em <i>On deconstruction</i> a "Theory" é apresentada como um gênero essencialmente heterogêneo, dialógico e transdisciplinar (que abarcaria em si, portanto, as oposições de superfície no campo da crítica), a percepção, expressa por LaCapra em 1985, da crítica como uma "arena" onde disputam entre si "diversas práticas discursivas" não poderia ser remetida a um mero desconhecimento da boa nova pacificadora anunciada por Culler em seu livro, mas a algo como um recuo reversivo em relação àquilo mesmo que, nela, e justamente em nome de um certo ecletismo em matéria de crítica, inevitavelmente recalca uma heterogeneidade/dialogicidade de base que, como tal, permaneceria irredutível ao referido ecletismo. Nesse recuo, que se confunde com um desrecalcamento do irredutivelmente heterogêneo/dialógico da crítica, é uma certa operação historiográfica que se deixaria, então, entrever: não arquivadora e institucionalizante, como a historiografia convencional, mas desarquivadora, reveladora do subsolo de oposições indecidíveis no próprio alicerce das práticas teórico-críticas institucionalizadas (incluindo a "Theory"), e no qual reside, em última instância, sua própria historicidade. Em outras palavras, o horizonte heterogêneo/dialógico divisado por LaCapra revelar-se-ia não como um ponto de partida mas como um ponto de chegada de uma certa historiografia da crítica. A natureza dessa atividade historiográfica e do horizonte por ela revelado, bem como suas possíveis consequências para os estudos literários, isso é o que eu gostaria de abordar em minha comunicação, tomando por base um iluminador texto de Jacques Derrida, publicado em 1990, em que ele se ocupa criticamente da situação da "Theory" e da desconstrução nos EUA.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>