ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1034-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1034-1</td><td><b>O ovo revolucionário: a poética do estranhamento em Clarice Lispector e sua potencialidade política.</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Rebecca Pedroso Monteiro </u> (FACISA - BH - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Nosso estudo busca mostrar como a escrita de Clarice Lispector, ao provocar a interrupção de processos lingüísticos (e interpretativos) automáticos, abre espaço para a temporalidade do estranhamento, cuja poética disruptiva pode ser observada como potencialmente política em sua provocação de um repentino  aparecimento do outro: o outro lingüístico, o outro do texto, o outro do mundo. O encontro com a alteridade permite colocar o mundo (e seus sentidos) em suspenso  e em estado de suspeição. Com Clarice, o momento presente de escrita-leitura deixa de ser um momento de repetição viciosa e automática para ser um instante ativo de invenção  de tradução. Invenção inclusive do já existente, como acontece em contos como <i>O ovo e a galinha</i>. O ovo, por ser tão óbvio, é  revolucionário . Por estar tão  protegido por palavras, é invisível e supervisível   Só as máquinas vêem o ovo . É impossível entender o ovo. Mas é possível inventá-lo. Fazê-lo outro. A literatura de Clarice nos mostra que é preciso des-entender, des-confiar dos sentidos habituais, questionar nosso repertório de interpretações e modos de ser no mundo para transformar seus contornos. Ou transfigurar seus limites.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>