ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1054-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1054-1</td><td><b>A CRÍTICA LITERÁRIA BRASILEIRA E FRANCESA EM AUTO-RETRATO</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Rachel Esteves Lima </u> (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O trabalho tem como objetivo desenvolver uma reflexão sobre o papel cumprido pela entrevista no processo de expansão do «espaço biográfico » e de reconfiguração do campo da crítica literária, tomando como objeto de análise a série de entrevistas dos críticos literários brasileiros e franceses publicada em jornais e revistas de ampla circulação, na última década. Gênero discursivo híbrido, a entrevista hoje assume lugar de destaque na constelação autobiográfica. Segundo afirma Leonor Arfuch, em La entrevista, una invención dialógica (1995), na sociedade contemporânea ela passou a ocupar o lugar antes reservado às memórias, constituindo-se como lócus privilegiado para a narrativa das  estações obrigatórias do itinerário da vida  a infância, o nascimento da vocação, as viagens iniciáticas, os encontros, etc. No que se refere à crítica universitária, percebe-se, hoje, uma maior presença de vários de seus representantes em entrevistas veiculadas, seja na mídia impressa ou audiovisual, o que pode ser percebido tanto como uma estratégia de aproximação da universidade com os diversos segmentos da sociedade, quanto como uma arriscada incursão dos intelectuais no reino das celebridades, a partir da exposição maciça de experiências de caráter biográfico. A proliferação dos discursos da memória atualmente em vigor atinge, pois, o universo da crítica literária, fenômeno que não deve passar despercebido pelos estudiosos do campo. Evidentemente, os riscos de a entrevista propiciar uma recaída dos críticos na noção liberal de indivíduo devem ser apontados, mas, por outro lado, também se pode considerá-la como uma instância de democratização de informações e de transmissão de conhecimentos, na medida em que se produza a popularização de ideias que deixam de circular apenas no meio intelectual. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>