Oral (Tema Livre)
1069-1 | Candido e a hegemonia: breve reflexão sobre a crise dos estudos literários. | Autores: | Eduardo José Tollendal (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) |
Resumo Com esta comunicação, pretendo contribuir para a reflexão sobre a crise dos estudos literários nos nossos cursos de Letras. Parto de uma hipótese que é quase um corolário: a evidente incúria cultural e intelectual dos alunos de graduação em Letras, cujo repertório de leitura das obras canônicas da civilização ocidental (em que se incluem as latino-americanas) me parece irrelevante, num percentual próximo de zero. 倀攀渀猀愀渀搀漀 攀猀琀愀 栀椀瀀琀攀猀攀Ⰰ 愀挀爀攀猀挀攀渀琀漀 甀洀愀 猀甀瀀漀猀椀漀Ⰰ 愀椀渀搀愀 渀愀 昀漀爀洀愀 搀愀 瀀攀爀最甀渀琀愀㨀 攀猀琀愀爀椀愀 攀猀琀愀 椀渀挀切爀椀愀 挀漀洀 漀 猀愀甀搀瘀攀氀 栀戀椀琀漀 搀攀 氀攀椀琀甀爀愀 搀漀猀 挀氀猀猀椀挀漀猀 攀洀 猀椀洀攀琀爀椀愀 挀漀洀 漀 瀀爀椀瘀椀氀最椀漀 搀漀猀 栀戀椀琀漀猀 搀攀 渀愀瘀攀最愀漀 椀渀琀攀爀渀甀琀椀挀愀 ጀ†攀洀 戀氀漀最甀攀猀Ⰰ 漀爀欀甀琀攀猀 攀 昀攀椀挀攀戀甀欀攀猀 ጀ†攀瘀椀搀攀渀琀攀洀攀渀琀攀 搀椀猀猀攀洀椀渀愀搀漀猀 攀渀琀爀攀 漀猀 愀氀甀渀漀猀 搀漀猀 挀甀爀猀漀猀 搀攀 䰀攀琀爀愀猀Ⰰ 愀猀猀椀洀 挀漀洀漀 攀渀琀爀攀 琀漀搀漀猀 搀攀 猀甀愀 最攀爀愀漀㼀 䔀猀琀愀爀椀愀 栀愀瘀攀渀搀漀 愀 猀甀戀猀琀椀琀甀椀漀 搀攀 甀洀愀 瀀爀琀椀挀愀 搀愀 氀攀椀琀甀爀愀 瀀漀爀 漀甀琀爀愀Ⰰ 焀甀攀 猀攀 瀀爀攀琀攀渀搀攀 攀焀甀椀瘀愀氀攀渀琀攀 氀椀琀攀爀爀椀愀Ⰰ 洀愀猀 焀甀攀 搀攀氀愀 搀椀昀攀爀攀 瀀漀爀 猀攀甀 挀愀爀琀攀爀 氀切搀椀挀漀 攀 挀漀渀昀攀猀猀椀漀渀愀氀Ⰰ 瀀爀椀瘀愀渀搀漀 渀漀猀猀漀猀 愀氀甀渀漀猀 搀攀 甀洀愀 攀砀瀀攀爀椀渀挀椀愀 攀猀琀琀椀挀愀 焀甀攀 猀漀洀攀渀琀攀 愀 氀攀椀琀甀爀愀 搀漀猀 挀氀猀猀椀挀漀猀 瀀爀漀瀀漀爀挀椀漀渀愀㼀
Estou falando de uma crise que parece rondar alunos que serão, muito em breve, os futuros professores de Português e Literatura das futuríssimas gerações brasileiras – se a escolaridade, como a concebemos hoje, continuar existindo. A constatação desta crise nos leva a pensar, ainda na forma da indagação, no campo dos princípios pedagógicos: qual é o nível de necessidade da literatura como disciplina de formação cultural e intelectual dos nossos alunos, por meio de atividades que favoreçam a prática da leitura literária, nos currículos do curso de Letras?䌀漀洀漀 猀攀 瘀Ⰰ 渀漀 瀀爀攀琀攀渀搀漀 搀椀猀挀甀琀椀爀 愀 焀甀攀猀琀漀 搀漀猀 攀猀琀甀搀漀猀 挀甀氀琀甀爀愀椀猀 ጀ†漀 焀甀攀 猀漀 攀 愀 焀甀攀 猀攀 搀攀猀琀椀渀愀洀㬀 洀攀渀漀猀Ⰰ 愀椀渀搀愀Ⰰ 愀猀猀甀洀椀爀 甀洀愀 愀琀椀琀甀搀攀 焀甀椀砀漀琀攀猀挀愀 搀攀 挀漀洀戀愀琀攀爀 瀀爀琀椀挀愀猀 搀攀 渀愀瘀攀最愀漀 椀渀琀攀爀渀甀琀椀挀愀 椀渀攀砀漀爀愀瘀攀氀洀攀渀琀攀 椀渀挀漀爀瀀漀爀愀搀愀猀 瘀椀搀愀 挀漀渀琀攀洀瀀漀爀渀攀愀㬀 渀攀洀 椀洀瀀攀搀椀爀 焀甀攀 愀猀 瀀攀猀焀甀椀猀愀猀 渀漀猀 挀甀爀猀漀猀 搀攀 䰀攀琀爀愀猀 瀀爀椀瘀椀氀攀最椀攀洀 攀猀挀爀椀琀愀猀 瀀爀漀搀甀稀椀搀愀猀 攀洀 挀椀爀挀甀椀琀漀猀 愀氀琀攀爀渀愀琀椀瘀漀猀㬀 愀琀 瀀漀爀焀甀攀Ⰰ 猀攀 瀀爀漀戀氀攀洀愀 栀漀甀瘀攀爀 渀愀 漀瀀漀 搀漀猀 愀氀甀渀漀猀 瀀攀氀愀 氀攀椀琀甀爀愀 搀攀 漀戀爀愀猀 渀漀ⴀ挀愀渀渀椀挀愀猀Ⰰ 攀猀琀攀 渀漀 攀猀琀愀爀椀愀 渀愀 攀猀挀漀氀栀愀 搀漀 漀戀樀攀琀漀 洀愀猀 渀愀 搀攀昀椀渀椀漀 搀漀猀 漀戀樀攀琀椀瘀漀猀 搀攀 氀攀椀琀甀爀愀 ጀ†焀甀攀Ⰰ 愀 洀攀甀 瘀攀爀Ⰰ 搀攀瘀攀洀 瘀漀氀琀愀爀ⴀ猀攀 猀攀洀瀀爀攀 瀀愀爀愀 愀 愀昀攀爀椀漀 搀愀 瀀爀漀瀀漀猀琀愀 攀猀琀琀椀挀愀 搀漀 漀戀樀攀琀漀 攀氀攀椀琀漀Ⰰ 甀洀愀 瘀攀稀 猀椀琀甀愀搀漀 ጀ†挀漀洀漀 攀渀猀椀渀愀爀愀洀 漀猀 昀漀爀洀愀氀椀猀琀愀猀 搀攀 愀渀琀愀渀栀漀 ጀ†攀洀 爀攀氀愀漀 猀 猀爀椀攀猀 氀椀琀攀爀爀椀愀猀 焀甀攀 漀 愀渀琀攀挀攀搀攀爀愀洀 攀 愀漀 猀椀猀琀攀洀愀 挀甀氀琀甀爀愀氀 攀洀 焀甀攀 猀攀 瀀爀漀搀甀稀⸀
Esta breve reflexão poderia ser conduzida pela leitura de vários autores, pró e contra os estudos literários. Nesta comunicação, contudo, pretendo recuperar um antigo texto de Antonio Candido, escrito numa época em que as experiências internáuticas ainda se encontravam na pré-história: “ O direito à literatura”. O conceito de literatura admitido por Candido, neste texto, alcança tal abrangência que nos permite afirmar: o emérito professor não se oporia a qualquer radicalidade na escolha dos objetos de estudo no campo da pesquisa literária. A leitura canônica, contudo, lhe parece ser um direito do cidadão comum, numa sociedade de hegemonia burguesa sobre uma base culturalmente massificada; como fator de humanização, de formação de uma consciência crítica e de inclusão social, esta experiência estética não pode ser negligenciada.㰀⼀昀漀渀琀㸀㰀⼀瀀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀琀爀㸀㰀⼀琀搀㸀㰀⼀琀愀戀氀攀㸀㰀⼀戀漀搀礀㸀㰀⼀栀琀洀氀㸀
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