ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1084-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1084-1</td><td><b>A  beleza do invisível e a  modernidade líquida na poesia de Douglas Diegues</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Ana Paula Macedo Cartapatti Kaimoti </u> (UEMS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A poesia do  brasiguaio Douglas Diegues apresenta-se na cena literária contemporânea por meio de uma posição tensa no espaço transitório da modernidade líquida (BAUMAN, 2001). Essa tensão concentra-se no uso de uma língua poética inventada, o portunhol selvagem, que incorpora em seus versos a mobilidade das fronteiras a partir das quais o eu-lírico fala: Brasil, Paraguai, Ponta Porá, Campo Grande, Assunção. Embora imerso na instabilidade desse lugar, os poemas do autor delineiam um projeto estético que crê na poesia como promessa de felicidade e acesso ao eterno   la belleza de lo invisible (DIEGUES, apud MORICONE, 2008) - e a contrapõem a um mundo em decomposição, que  se pudre com el tempo (DIEGUES, apud MORICONE, 2008), perdido na liquidez e no caráter provisório das relações restritas ao poder econômico:  Las cosas buenas de la vida, ahhhhhhhhhhh, las kosas buenas de la vida non existem, meros produtos dolarizados, rubitas tatú hún, morochas infartantes, kulonas te ete (DIEGUES, 2009). Nos textos de Diegues, essa tese apresenta sua argumentação por meio de elementos das línguas guarani, espanhol e português que, reposicionados no texto, compõem uma cena lírico-urbana cosmopolita e marginal. Partimos da hipótese que o eu-lírico desses poemas, ao flanar por essa paisagem em movimento, entre culturas com as quais, à revelia de sua busca pelo eterno, precisa negociar constantemente, assume o papel de um cosmopolita vernacular (BHABHA, 2000), um vagabundo, turista involuntário (BAUMAN, 1998), que vagueia por uma região precária  a fronteira Brasil-Paraguai e mais além  excluída do jogo das relações de consumo. A verborragia desse vagabundo encena a contradição entre seu projeto estético  a busca pelo ideal estético da  sabedoria alegria belleza (DIEGUES, 2003)  e a complexidade do seu lugar de fala, trazendo à superfície, em última instância, uma questão ainda fundamental para os estudos literários na contemporaneidade: qual o papel da arte  da poesia - nesse lugar  sin sentido , pleno de  la imundície terrena (DIEGUES, apud MORICONE, 2008)? </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>