ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1097-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1097-1</td><td><b>Da poética do lugar em Mário de Andrade, Graciliano Ramos e Claude Lévi-Strauss</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Cristiane Marques Machado </u> (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Maria Luiza Berwanger da Silva (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O presente estudo aborda as relações entre Literatura Comparada e Espaço, estabelecendo representações da Alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Segalen, em seu Essai sur l exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através de um enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Neste estudo, não apenas se compara a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, como também se analisa a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem em seus discursos. Para tanto, busca-se extrair das referidas obras a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi-Strauss. Além disso, verifica-se como cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. Dessas análises, é possível afirmar que tanto o deslocamento empreendido no espaço quanto suas percepções do real circundante acabam por produzir verdadeiras fábulas do lugar nas quais a experiência do exílio adquire um caráter primordial. Isso dito, deve-se admitir, então, que, sem o  exílio voluntário por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia ter afinado seu gosto pela errância. E esta errância, vivenciada ora mais ou menos contundentemente por nossos estrangeiros e  corcundas de alma , faz com que o deslocamento no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, as identidades de nossos exotes, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro. Além disso, no ritual de hospitalidade em que se encontram o Mesmo e o Outro, não são apenas as notas de viagem e as elocubrações de caráter antropológico que vão se destacar: nesse entrecruzamento de alteridades, seus relatos de viagem transformam-se em relatos de si mesmos. Cabe ainda ressaltar que, a partir do desdobramento identitário provocado pela travessia geográfica, pode-se entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a cartografia íntima do sujeito em uma verdadeira dialética do exterior e do interior, o que permite deduzir que, se a geografia de fora é imensa, menor imensidão não têm aqueles que a atravessam. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>