ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1105-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1105-1</td><td><b>A palavra coletiva de Machado de Assis sobre Silvio Romero, Gilberto Freyre e Antonio Candido</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Carmen de Fátima Henriques da Matta </u> (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O objetivo desta comunicação é analisar alguns dos influxos e impactos do romance de Machado de Assis sobre três teóricos que têm em comum empreender interpretações sobre a literatura relacionadas às dinâmicas socioculturais: Silvio Romero, Gilberto Freyre e Antonio Candido. Pelo confronto de teorias desses críticos sobre a ficção machadiana, podem ser observadas visões distintas do desenvolvimento da sociedade brasileira, em seus aspectos simultaneamente centrais e periféricos, ideológicos e ético-morais, e se perceber a importância do discurso literário para a proposição de teses sobre formações, origens e complexidades socioantropológicas por sugestões emanadas das narrativas ficcionais. Romero condiciona Machado de Assis a seu  determinismo literário , como analisa Candido, mas este prisma Freyre procura flexibilizar ao positivar um enfoque que, já nas últimas décadas do séc. XIX e início do XX, utilizava uma metodologia interdisciplinar. Machado de Assis tornou-se, desse modo, um ficcionista referencial para a configuração de um sistema crítico próprio (periférico) que passa a dialogar com e ser referência para outros (inclusive os considerados centrais), no campo sobretudo literário, mas não estritamente, na medida em que suas produções penetraram no pensamento cultural como um todo; além do legado ficcional, e por meio dele, intencionalmente ou não, pôde contribuir para a construção de representações que despertaram interesse das ciências sociais ao oferecer tipologias que foram apreendidas pelos estudiosos de outros campos do saber para elucidar ou propor questões relevantes, tais como os mecanismos dos processos de miscigenação (Freyre), ilustrações do comportamento cordial representadas no romance (Holanda), a dialética ético-estética na ficção (Candido), a vida privada nas estruturas patriarcais (Schwarz), entre outras significações fundamentais suscitadas pelo romancista.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>