ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1113-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1113-1</td><td><b>As  mini-histórias estranhas em redes internas secretas de Joca Reiners Terron</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Milena Cláudia Magalhães Santos Guidio </u> (UNIR - Universidade Federal de Rondônia) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2> Esquecer é uma função da memória tão importante quanto recordar é uma das muitas frases perturbadoras de <b>Curva de rio sujo</b>, de Joca Reiners Terron, escritor cuja obra, composta de muitos gêneros, margeia temas caros à interpretação do contemporâneo, como a impossibilidade da descrição objetiva dos acontecimentos, o lugar incômodo do escritor, a estrangeiridade não apenas territorial etc. Levando em consideração o que autores como Walter Benjamin e Jacques Derrida dissertam sobre o estatuto da memória, esta comunicação interroga o modo como o movimento de esquecer/ recordar perturba até mesmo a linearidade das pequenas narrativas de <b>Curva de rio sujo</b>. Diversos vocábulos funcionam como sinônimo da impermanência, do apagamento da memória: manchas, fumaça, sombra, poeira, rastro. Toda paisagem que surge é, assim, envolta em uma espécie de neblina, que, como é dito no último texto, talvez não exista, no sentido de que a beleza, num tempo precário como o nosso, não pode perdurar, é quase um inconveniente, como o lirismo que por vezes rastreia as narrativas. Em Paixões, Derrida confessa que uma das razões do seu gosto pela literatura deve-se ao fato de ela ser o  lugar do segredo absoluto , lembrando que a literatura, tal qual a concebemos, é regida por convenções e instituições que lhe deram o  direito de tudo dizer , e, embora tenha esse direito, é o lugar em que tudo se diz sem a responsabilidade, a obrigação, de tudo dizer. O livro de Terron é um exemplo desconcertante dessa especificidade da literatura.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>