ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1127-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1127-1</td><td><b>Poesia e imantação</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Leonardo D'avila de Oliveira </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>A metáfora da poesia enquanto imantação, que remonta a <i>Íon</i>, na qual se figura que a  potência divina que acomete o rapsodo se dá como uma imantação em um anel de ferro, o qual poderia, posteriormente, imantar outros iguais a si, não permaneceu como uma categoria estanque para se pensar a escrita. Muito pelo contrário, a mesma alusão ao magnetismo ressurge nos séculos posteriores em Marsilio Ficino, Angelo Poliziano e até mesmo nos textos latinos de Rimbaud como discurso poético metalingüístico, porém em contextos diversos e com significações completamente distintas. O mais curioso, porém, é que tal apelo à imagem platônica se deu predominantemente de um modo literal, o que leva à catastrófica conclusão de que justamente um escrito que propunha a superioridade e a perenidade das reflexões <i>(dialégesthai)</i> sobre a fala poética <i>(Techne)</i>, esta última impessoal e fugidia, ressurge como pastiche em poetas posteriores e, em contrapartida, para ilustrar idéias diversas. Portanto, da forma mais paradoxal possível, observa-se nesse caso uma permanência na forma poética e uma completa contingência de conteúdo, o que leva a se repensar e rediscutir a temática das sobrevivências.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>