ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1148-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1148-1</td><td><b>Corpo e voz em descontinuidade Homoerotismo esquivo no canto de Maria Gadu </b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Pedro Souza </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Pedro Souza (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Pedro Souza (UFSC - Universidade Federal de Santa CatarinaUFSC - Universidade Federal de Santa CatarinaUFSC - Universidade Federal de Santa CatarinaUFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>O desencontro do corpo inerte e a voz que deixou de soar contra a que nunca soou: Diadorim nos braços de Riobaldo em cena de grande final. Eis o ponto do ritornello múltiplas vezes retomado por críticos e ensaístas debruçados sobre a sonoridade tão bela quanto tosca do ritmo narrativo de Grandes sertões e veredas. Mas, neste trabalho, tomo o caso romanesco apenas como o leitmotiv para, ligando literatura e música, colocar em questão a disritmia entre corpo e voz - nem negando, nem afirmando, simplesmente confundido os contornos gestuais e vocais da diferença sexual a servir de suporte ou abrigo do sujeito desejante. Quero tratar especificamente da relação entre a voz e o corpo não colocando a ascendência de um ante a falta de outro, como no momento crucial da morte de Diadorim no romance de Guimarães, mas do confronto entre elementos , visuais de um lado, e vocais, de outro, entram em dissonância colocando em suspensa a possibilidade da apresentação de um eu univocamente convocado ao jogo erótico na afirmação da diferença. Poderia tomar, no campo da música popular brasileira, muitos casos como objeto de aplicação,. No caso, porem, vou tomar apenas a cantora Maria Gadu e discutir a dissonância corporal e vocal a conspirar por uma política de desidentificação ou dessubjetivação ancorada na voz. Minha hipótese é de que a perfomance vocal, heterogeneamente aliada ao corpo como gesto, representa um lugar de diferença. Não se trata mais da intensificação feminina alocada em ponto fixo da corporificação e vocalização, mas do desmanche identitário que perturba e não aponta para ponto algum. Seria o caso de fazer ver, focando um caso emblemático, não mais o grito de libertação em nome do desejo lésbico ou heterofeminino, e sim a sublevação em função da abertura a todas as possibilidades?</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>