ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1150-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1150-1</td><td><b>Deslocamentos e Re-descobertas: a Poética da Viagem nas Obras de Elizabeth Bishop e Jan Conn</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>Magali Sperling Beck </u> (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Como já sugerido por Susan Bassnett, representações pós-coloniais do Outro devem ser lidas e repensadas levando-se em consideração os legados da colonização e todas as suas implicações. Assim, a idéia de  descobrimento , principalmente do descobrimento de um  Novo Mundo, tantas vezes desconstruída e reconstruída por diferentes ângulos, continua a interessar não só a produção crítica e teórica, como também as produções literárias e culturais da contemporaneidade. Talvez tal interesse advenha do que Steve Clark chama de  des-reconhecimento (misrecognition) das narrativas de viagem coloniais nos séculos XV e XVI, já que em tais narrativas o elemento fictício do encontro cultural ente o Eu e o Outro desafia os limites entre o ocorrido (observado) e o inventado, tornado-se, então, praticamente inerente ao gênero. Neste contexto, é significante perceber que escritores contemporâneos ainda abordam suas reconstruções poéticas de encontros culturais e deslocamentos geográficos através de uma perspectiva de  re-descoberta. Entretanto, ao invés da reprodução de estratégias de representação que buscam a completa separação entre observador (viajante) e observado (local viajado), tais escritores questionam seus posicionamentos enquanto construtores e observadores de um outro cultural inesperado. As obras das poetisas norte-americanas Elizabeth Bishop e Jan Conn são exemplos de tais reconstruções. Ambas recuperam em sua obra poética suas experiências cruzando fronteiras no  Novo Mundo , mais especificamente no Brasil. Apesar de abordarem a viagem em diferentes momentos históricos, suas obras possibilitam a reflexão sobre o papel do escritor na construção de identidades culturais. Assim, neste trabalho, sugiro que tanto a poesia de Bishop quanto a de Conn reconhecem as tensões e os momentos de instabilidade envolvidos na mobilidade espacial, mas que é justamente através de tais momentos que o legado histórico das narrativas de viagem pode ser reconstruído e revisado. References: Bassnett, Susan. Comparative Literature. Oxford: Blackwell, 1993. Clark, Steve. Introduction. Em Travel Writing and Empire. London: Zed Books, 1999. </font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>