ÿþ<HTML><HEAD><TITLE>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</TITLE><link rel=STYLESHEET type=text/css href=css.css></HEAD><BODY aLink=#ff0000 bgColor=#FFFFFF leftMargin=0 link=#000000 text=#000000 topMargin=0 vLink=#000000 marginheight=0 marginwidth=0><table align=center width=700 cellpadding=0 cellspacing=0><tr><td align=left bgcolor=#cccccc valign=top width=550><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=3><font size=1>XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC</font></font></strong><font face=Verdana size=1><b><br></b></font><font face=Verdana, Arial,Helvetica, sans-serif size=1><strong> </strong></font></font></td><td align=right bgcolor=#cccccc valign=top width=150><font face=arial size=2><strong><font face=Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif size=1><font size=1>Resumo:1179-1</font></em></font></strong></font></td></tr><tr><td colspan=2><br><br><table align=center width=700><tr><td><b>Oral (Tema Livre)</b><br><table width="100%"><tr><td width="60">1179-1</td><td><b>O foco narrativo em Angústia: reflexões a partir da vida deteriorada</b></td></tr><tr><td valign=top>Autores:</td><td><u>José Helber Tavares de Araújo </u> (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) </td></tr></table><p align=justify><b><font size=2>Resumo</font></b><p align=justify class=tres><font size=2>Este estudo tem seu enfoque no  narrador parafuso de <i>Angústia</i>, de Graciliano Ramos. No romance, o foco narrativo se instaura em determinados momentos através do fluxo de consciência do narrador Luís da Silva, sujeito atormentado e negativista, que possui uma relação intragável com o mundo exterior. A existência de Luís da Silva é radicalmente caracterizada pela visão desencantada do mundo e de si mesmo, sob uma profunda sensação de insulamento. Entre o ódio pelo bem-sucedido Julião Tavares e o amor frustrado por Marina, a narrativa de Luís da Silva é permeada de repetitivas digressões que concentra a ideia de uma narrativa em parafuso, como aponta Lúcia Helena Carvalho(1983): a figura do pai, a vontade de matar Julião Tavares, as rememorações, delírios com a corda/cobra, a frustração intelectual. Esta série de ideias problemáticas em Angústia, que gira em torno do mundo interior do personagem, é determinante para o desequilíbrio temporal da estrutura narrativa, para a difusa progressão do enredo e para o comprometimento da relação realidade/aparência. Como fundamentação teórica, Theodor Adorno se destaca devido seus estudos manifestarem questões fundamentais sobre a situação da literatura moderna e vanguardista, os mecanismos de representação literária e os complexos problemas sociais e culturais que envolvem a relação intratável entre o sujeito e sua exterioridade. Assim, partindo das noções adornianas de uma vida lesada, acredita-se que, em Angústia, o foco narrativo em fluxo introspectivo contínuo, sem coesão lógica, é representado estruturalmente, na obra, a partir de elementos mutilados que circulam a consciência do personagen Luís da Silva  este em estado de adversidade social e emocional. Parece que somente com esta condição é possível passar a indiciar um narrador em parafuso, pois o estado interior de Luís da Silva justificaria o desenvolvimento de oscilações do foco narrativo para fragmentos confusos e ideias em círculos espiralados.</font></p></td></tr></table></tr></td></table></body></html>