XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC
Resumo:739-1


Oral (Tema Livre)
739-1BERNARDO SANTARENO ENTRE O TRÁGICO E O ÉPICO
Autores:Luciane dos Santos (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

O presente artigo, parte da ideia de que seja na forma, seja no tema, ou em qualquer outro aspecto, as diferenças na dramaturgia (teatral) vão acontecer juntamente com a mudança cultural de um povo. Transformações que ocorrem para melhor satisfazer e alcançar o objetivo dessa arte. Não diferente disso, a crise do drama moderno, ocorreu devido à necessidade de acompanhar variações sociais e/ou culturais ocorridas naquele tempo, alterações as quais, acompanham parte da atualidade teatral. Destarte, a partir do estudo do drama moderno, explicitado principalmente por Peter Szondi, tem-se o objetivo de expor esteticamente duas peças de Antônio Martinho do Rosário. Conhecido pelo pseudônimo Bernardo Santareno, dramaturgo português do século XX, militante de esquerda, membro do Conselho Diretivo da Sociedade Portuguesa de Autores e fundador do M.U.T.I. (Movimento Unitário de Trabalhadores Intelectuais), dedicou-se a reestruturar em Portugal a atividade teatral. Escritor sempre descontente e/ou insistente opositor ao regime salazarista, suas peças eram quase sempre censuradas, sendo então, proibidas as respectivas apresentações em palco. Portanto, o autor voltava-se ao leitor, - motivo de tê-las escrito com as extensas falas (dos personagens) as quais trazem longas narrativas, mais apropriadas à leitura do que à encenação. Dessa forma, o dramaturgo distingue sua obra entre as estirpes do drama “aristotélico” e do épico “brechtiniano”, apresentadas aqui, respectivamente pela obra A Promessa (1957) e Escritor, Português, 45 Anos de Idade (1974). Palavras- chaves: Bernardo Santareno; teatro trágico; teatro épico