Oral (Tema Livre)
10-1 | Fantástico: a manifestação do insólito ficcional entre modo discursivo e gênero literário – literaturas comparadas de língua portuguesa em diálogo com as tradições teórica, crítica e ficcional | Autores: | Flavio García (UERJ / UNISUAM - Univ. do Est. do RJ/ Centro Univ. Augusto Motta) |
Resumo O Fantástico, entendido como gênero ou modo discursivo, e sua conseqüente leitura literária, condicionada por mecanismos instrucionais presentes no texto, baseando-se nas estratégias de construção narrativa adotadas pelo autor e veiculadas, no plano textual, pelo narrador, concretização da voz do autor-modelo, e pelo narratário, concretização da audição do leitor-modelo. Tem-se especialmente em conta a manifestação do insólito no plano narrativo para a efetiva leitura crítico-interpretativa do construto ficcional apresentado. Os instrumentais teóricos advêm da Teoria Literária, da Teoria dos Gêneros Literários, dos Estudos da Narrativa (Narratologia), da Semiologia Literária, contribuindo, mais diretamente, as reflexões crítico-teórico-metodológicas de Tzvetan Todorov, Filipe Furtado, Irène Bessière, Irlemar Chiampi, Carlos Reis, e Umberto Eco. O corpus ficcional eleito transita entre obras paradigmáticas da literatura fantástica, em sentido lato, com destaque para a produção do escritor brasileiro Murilo Rubião, do português Mário de Carvalho e do moçambicano Mia Couto, sem perder de vista as referências necessárias a Edgar Allan Poe, Guy de Maupassant e Gabriel García-Márquez, para ilustrar as vertentes do Estranho, do Fantástico (como gênero) e do Real Maravilhoso. |