Oral (Tema Livre)
582-1 | ESTRUTURA NARRATIVA NA PÓS-MODERNIDADE | Autores: | Sandra Aparecida Fernades Lopes Ferrari (IFRO - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA) |
Resumo Os conceitos de “estrutura” manifestados em todo o século XX trazem à tona questões sobre a relação forma e conteúdo na obra de arte e asseguram a realização de grandes pesquisas. Dentre essas estão os debates sobre os termos pós-moderno e moderno, que tendem a produzir uma dualidade: ao mesmo tempo em que se afasta, o pós-moderno se aproxima do passado que quer negar, neste caso, o modernismo. Essa relação tensiva de aceitação e rejeição provoca um deslocamento do ato de narrar e do próprio conceito de gênero na produção em prosa, conceito este, retomado a partir no século XX pelo modernismo. Nesse sentido, o que é novidade para a pós-modernidade, como sugere Steven Connor, é a repetição do antigo. A abordagem que pretendemos adotar neste texto é ver o discurso em prosa como abstração da realidade intemporal, percebendo de que forma a voz do narrador pode ser instrumento de interferência, ruptura e transformação da estrutura da narrativa. Tais questões estão voltadas para uma reflexão sobre o ato de narrar e o ato de passar uma informação, aos moldes de Walter Benjamin. Partindo desse pressuposto, chama-nos a atenção obras como “Mínimos Múltiplos Comuns” de João Gilberto Noll, e “Fluxo Floema” de Hilda Hilst que configuram sua estrutura narrativa de forma híbrida, heterogênea e inacabada.
Palavras-chave: pós-modernismo, prosa, narrador. |