Oral (Tema Livre)
463-1 | Guimarães Rosa e o romace de 30: as contradições da modernização do Brasil em "Uma estória de amor", "Calunga" e "São Jorge dos Ilhéus" | Autores: | Zama Caixeta Nascentes (UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná) |
Resumo Integrando "Corpo de baile", o conto "Uma estóra de amor" narra a festa dada por Manuelzão na fazenda Samarra. Como admnistrador, coube a ele cercar pastos com arames, erguer casa e construr capela, modificando o lugar. Construída a sede, o riachinho que abastecia a casa desaparece bruscamente, causando pesadelo em Manuelzão; no dia da primeira missa rezada na capela, o octogenario Camilo, "de gandavo", entretém os convidados contando o romance do Boi Bonito. Os dois fatos atestam o embate entre o novo trazido por Manuezão e o antigo, da natureza e da cultura.
"Calunga" e "São Jorge dos Ilhéus", de Jorge de Lima e Jorge Amado, respectivamente, são romances lançados na década de 30. No primeiro, Lula assume a posição de colonizador, ao retornar à terra natal e desejar transformá-la a partir do saber cientifico. No segundo, a civilizaçao do cacau esbarra nas forças da natureza e da cultura arcaica local. Nos dois casos, a modernidade entra em conflito com o antigo.
A proposta da comunicação é ler nas três obras os impasses da modernização do Brasil, aproximando assim Guimarães Rosa dos romancistas de 30. |