Oral (Tema Livre)
487-1 | CARTOGRAFIAS DA MITOPOÉTICA AMAZÔNICA: ENTRELUGAR, HETEROTOPIA E ENCANTARIA.
| Autores: | Claudicelio Rodrigues da Silva (CSVP - COLÉGIO SÃO VICENTE DE PAULOUFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) |
Resumo Território da diversidade e do multiculturalismo, a Amazônia legal é plural natural e culturalmente. Abriga uma infinidade de poéticas verbais e não-verbais, polifonia que é compreendida nas lendas dos ribeirinhos, nos mitos e ritos indígenas, nas lendas urbanas, nas estórias dos pescadores litorâneos... Essa riqueza oral tem alimentado o imaginário da literatura há cinco séculos, dos cronistas do descobrimento aos poetas e romancistas da atualidade. Mas é à noção de encantaria como um entrelugar ou, no dizer de Foucault, como um espaço heterotópico, que este trabalho pretende voltar-se. A encantaria seria um espaço outro, dentro do espaço geográfico, onde habitam os seres encantados que se configuram nas rapsódias e nos ritos amazônicos como a pajelança e o tambor de mina. Entre os seres da encantaria, destaca-se Dom Sebastião, encantado ora nas areias da Ilha de Lençóis, no Maranhão, ora numa ilha do litoral do Pará. Temas que serão desenvolvidos: A ilha como ovo-cósmico. O entrelugar. Espaços do numinoso. A encantaria amazônica e o sebastianismo: rapsódias. Representações do encantado na literatura. |