Oral (Tema Livre)
724-1 | A REPRESENTAÇÃO DA LOUCURA EM MACHADO E EM LIMA BARRETO | Autores: | Alice Atsuko Matsuda (GP-CRELIT/UENP-CP - Grupo de Pesquisa CRELIT - UENP-CP) |
Resumo A loucura é um tema instigante abordado por vários escritores desde a antiguidade. Machado de Assis, o maior escritor da literatura brasileira e um dos maiores da literatura universal, tratou também desse tema em um de seus contos mais famosos – O Alienista – publicada no volume Papéis Avulsos, em 1882, período em que o autor tinha alcançado genialidade, fama e prestígio. A história trata de um médico cientista, Simão Bacamarte, que dedica sua vida à ciência. A sua especialidade é pesquisar sobre a sanidade mental humana. Machado, empregando a sua fina ironia, ao narrar essa história, satiriza o cientificismo aplicado ao estudo da loucura, além de criticar o desejo exacerbado pelo poder que o ser humano possui. O tema da loucura foi preocupação do escritor em outras obras: Quincas Borba (1891) e Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Nas duas obras, as personagens têm conduta fora do padrão considerado normal do ser humano. Em O Alienista vamos presenciar a procura incessante do médico cientista em descobrir o que é um ser normal. Da mesma forma, Lima Barreto, outro escritor brasileiro, tão importante quanto Machado na nossa literatura, abordou também o tema, além de vivenciar a loucura do pai e ter sido taxado de louco. Em sua obra Cemitério dos vivos (1953) relata sua experiência, quando foi internado em um hospício – casarão da Praia Vermelha. Na obra, Lima Barreto reflete reiterativamente acerca da loucura. Assim, a presente Comunicação objetiva verificar como a loucura está representada pelos dois escritores em suas obras: O alienista e Cemitério dos vivos. |