XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC
Resumo:69-1


Oral (Tema Livre)
69-1O LIMITE COMO CENTRO: PARADOXO ROSIANO
Autores:Igor Rossoni (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Resumo

Em certo sentido, pensar nos conceitos de limite e fronteira pode instabilizar o de lugar, como centro polarizador de forças convergentes. Deste modo, ao se tomar a linguagem esteticamente constituída como campo de atuação, quer-se crer que se afine mais ao "status" de limite do que de centro. Assim se menciona, pois o estado de signo motivado faz a palavra cambiar de si em si mesma e a repercutir envolvimentos que em muito ultrapassa o significado determinado que a ordenação convencional lhe atribui. Portanto, se o homem é, por assim dizer, convergência e divergência de ações e pensamentos, a representação das experiências vivenciais por intermédio do verbo assume posição de “travessia”, para dispor-se a par ao universo do autor a que aqui se procura enveredar. Nesse sentido, o presente estudo visa a dispor em evidência, paradoxalmente, a aproximação entre limite e centro; realidade/história e para-realidade/estória – "Fita verde no cabelo" – e sentido determinante e fragmentação compositiva dos signos em imagens e sonorizações – "Uns inhos engenheiros" –; essa engenharia que estrutura e fundamenta a proposição de travessia a que Guimarães Rosa investe.