Oral (Tema Livre)
417-1 | Nietzsche, Deleuze e Beckett: Niilismos e um corpo. | Autores: | Alexandre de Oliveira Henz (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) |
Resumo Considerando o termo “niilismo” como designador de diferentes modalidades de pensamento sensação e vida, este trabalho procura esmiuçar quatro modalidades de niilismo: o “niilismo negativo”, o “niilismo reativo”, o “niilismo passivo”. Os personagens de Samuel Beckett passam pelo grande cansaço do niilismo passivo, nele se detêm, e vão de um nada de vontade a um desinteresse escrupuloso e vivo o “niilismo ativo”. Utilizando o registro do pensamento de Friedrich Nietzsche e o fio condutor da literatura de Samuel Beckett, a abordagem dessas quatro formas de niilismo dá margem a um pensamento crítico acerca das políticas de subjetivação e dessubjetivação na produção do corpo, bem como das mutações do si, do eu e do psicológico na contemporaneidade. Aponta-se ainda, na quarta modalidade – o niilismo ativo – uma possibilidade de entender o niilismo como um disparador do pensamento e da experimentação, articulando-o à concepção beckettiana, relida por Deleuze, de “esgotamento” que se diferencia do “cansaço”.
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