Oral (Tema Livre)
1156-1 | Adaptação e transposição intersemiótica em A última tempestade de Peter Greenaway
| Autores: | Maria Luiza Guarnieri Atik (UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo/ Brasil) ; Célia Guimarães Helene (UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo/ BrasilUPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo/ Brasil) |
Resumo Para quem assiste ao filme "A última tempestade"("Prospero’s books", 1991), releitura ou recriação cinematográfica da peça "A tempestade" (1611) de William Shakespeare, sem prévio conhecimento de outros trabalhos do diretor inglês Peter Greenaway nos domínios do cinema, da ópera, da literatura, das artes plásticas e das mídias digitais tem dificuldade de apreender de imediato este produto “tecnoestético” em toda a sua complexidade.
Distanciando-se do viés utilizado por muitos diretores no processo de adaptação de textos clássicos da literatura, Peter Greenaway não reconstitui pela imagem o fio narrativo da matriz shakespeariana, mas transfigura-o, criando um mosaico de imagens, vozes e textos.
Na transcrição híbrida e estética da peça de Shakespeare, Greenaway cria um cinema polifônico, repleto de alusões, referências e recriações que dialoga com o universo pictórico barroco e renascentista.
Demonstrar as imbricações desse mosaico, enriquecido com elementos de outras semioses, mídias ou hipermídias, em seu diálogo com o texto shakespeariano, é, pois, o desafio a que nos lançamos neste breve estudo.
|