Oral (Tema Livre)
1050-1 | Nathalie Quintane: formagens | Autores: | Paula Glenadel Leal (UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) |
Resumo A escritora francesa contemporânea Nathalie Quintane (nascida em 1964), em sua múltipla produção de textos, vem apontando sempre para uma dimensão da formagem – nem forma, nem formação, a formagem corresponderia a uma experimentação: a produção assistida de uma experiência através da escrita. A formagem é uma encenação do começo (título de um de seus livros, já traduzido para o português), num processo que a noção do quase (presente no título de outro de seus livros, Os Quase-Montenegrinos) pode ajudar a compreender. Em diferentes campos temático-discursivos, aparentemente externos ao que entendemos por poético (o esporte, a infância, a linguística, a história e a fenomenologia do sapato, entre outros), trata-se, para essa autora, de realizar uma apropriação através da escrita de algo que não se tem, num processo sem fim. O trabalho se propõe a acompanhar algumas dessas formagens na obra de Quintane, indagando-se sobre o valor político que elas podem assumir, no sentido de uma reflexão sobre o por-vir, tal como o entende Jacques Derrida. |