Oral (Tema Livre)
1168-1 | Uma leitura do romance naturalista brasileiro: entre o Folhetim e a Ciência | Autores: | Cassio Dandoro Castilho Ferreira (UFPR - Universidade Federal do Paraná) |
Resumo Carece o Naturalismo de uma avaliação mais abrangente dentro de nossa literatura. Quase sempre o Naturalismo no Brasil é avaliado tendo em vista o conceito da importação de idéias, e fica assim perdido entre duas posições contrárias: ou é louvado pelo que tem de semelhante aos romances de Emile Zola e Eça de Queirós, ou combatido pelo que tem de diferente. Cabe perceber que no Brasil o Naturalismo teria que se modificar caso quisesse vingar em nossas letras. Por isso, foi em nosso país um misto das idéias que vinham de fora (França e Portugal), com tudo aquilo que havia sido praticado na escola anterior: o Romantismo. Neste sentido, esta comunicação visa analisar como se deu a presença de muitas das características típicas do romance romântico, e principalmente o de caráter folhetinesco, dentro dos romances naturalistas publicados no Brasil no século XIX. Será dada maior atenção ao romance O Mulato (1881), de Aluísio Azevedo, devido à importância do autor para o nosso Naturalismo e por ser esse o romance que inaugura esta escola em nossas letras. Porém, não serão deixadas de lado as produções de autores como Adolfo Caminha, Júlio Ribeiro e Pardal Mallet, pois pensando a tradição de nosso romance naturalista a partir de nomes menores e maiores, poderemos avaliar com mais clareza a importância desta escola na literatura brasileira. Escola que permanece como algo recorrente em nossas letras, chegando até a ficção dos anos 30 e os romances dos anos 70. |