Oral (Tema Livre)
735-1 | ESSES ALUNOS(AS) DE LETRAS...: REPRESENTAÇÕES DA LEITURA E DA LITERATURA NA VOZ DOS CALOUROS DE LETRAS – UFRR 2011.1 | Autores: | Mirella Miranda de Brito Silva (UFRR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA) |
Resumo Esta comunicação tem como objetivo a apresentação de resultados preliminares de um dos subprojetos vinculados ao projeto Literatura e Ensino: o cânone e a invenção escolar na Amazônia (aprovado no último edital de Ciências Humanas do CNPq), que tem como objetivo central o mapeamento do que e como se lê literatura nas escolas de ensino médio do estado de Roraima. Trata-se, especificamente, aqui, do rastreamento da história de leitura dos alunos recém ingressados no Curso de Letras da UFRR, história que reflete, de certo modo, as práticas leitoras dos estudantes secundaristas do Estado, mas com uma especificidade: trata-se, aqui, de estudantes de graduação que escolheram o curso de Letras – um curso que tem na leitura seu foco primordial, tanto como tópico teórico (nas mais variadas áreas, a leitura é um problema a ser perseguido), quanto em termos de prática – não é preciso dizer que leitores proficientes formam leitores melhores... Assim como o projeto-base, aqui também se partiu da aplicação de um questionário semi-estruturado – adaptado do questionário da pesquisa central – em que indagamos, no primeiro dia de aula de Introdução à Teoria da Literatura, questões concernentes aos hábitos e ao gosto pela leitura, além de questões relativas aos motivos que os levaram a escolher o curso de Letras. Numa segunda etapa do trabalho analisamos, ao longo da disciplina de Introdução à Teoria da Literatura, o(s) modo(s) como as práticas leitoras destes alunos repercutem em sala de aula, especialmente no que se refere à recepção crítica do texto literário. Desse modo, foi possível perceber como a formação (ou não formação) leitora dos alunos influencia na adaptação ou inadaptação do aluno ao curso de letras – especialmente dentro da cadeira de Introdução à teoria da literatura, disciplina em que a pesquisa foi realizada. As possíveis diferenças entre os alunos aqui formados e os oriundos de outros estados (uma vez que Roraima é, ainda, um importante pólo de migração dentro a região Norte), bem como as diferenças na época em que cursaram o ensino médio (considerando que as turmas, num universo de 86 alunos divididos em duas classes, contam com alunos que tem entre 17 e 56 anos) também puderam ser dimensionadas na pesquisa em questão.
O projeto Literatura e Ensino: o cânone e a invenção escolar na Amazônia é coordenado pelo Prof. Dr. Roberto Mibielli |