Oral (Tema Livre)
570-1 | Medo na casa de vidro: Zillah, paranóia e as cartas para o presidente | Autores: | Vanessa Cianconi Vianna Nogueira (UFF - Universidade Federal Fluminense) |
Resumo Considerada a mais Brechtiana de todas as peças de Tony Kushner, A Bright Room Called Day – inspirada em Terror e miséria do Terceiro Reich de Bertolt Brecht - é supostamente sobre a morbidez e o misticismo em face da maldade política. Mas é, em grande medida, uma manifestação do tipo de reação que ela busca descrever – uma ligação entre o passado e o presente. A peça é um sinal de incêndio, como uma forma de entender o presente usando o passado, muitas vezes sombrio, como exemplo para evitar o que é iminente, fazendo o que Benjamin já não mais acreditava que seria possível. O que enerva Zillah Katz é a alienação do povo estadunidense, é a falta de conhecimento que leva a falta de esperança: se não há compreensão não pode existir comprometimento. Será que a maldade perpetrada pelo governo norte-americano já está tão banalizada que o povo considera que não vale a pena se rebelar? Ou simplesmente sentem medo? Mas, medo de que? O objetivo deste ensaio é elucidar a política de paranóia contida nas cartas de Zillah imbuída na indústria do consentimento de Noam Chomsky, mostrando como a propaganda transforma o ataque terrorista em um perigo iminente incutido nas mentes do estadunidense. |