Oral (Tema Livre)
938-1 | Juventude Republicana das notas de rodapé: As crônicas de Raul Pompéia | Autores: | Danilo de Oliveira Nascimento (UFMT - Universidade Federal de Mato GrossoUFMT - Universidade Federal de Mato GrossoUFMT - Universidade Federal de Mato GrossoUFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) |
Resumo Durante os anos de 1888 a 1895, Raul Pompéia publicou uma série de crônicas no Jornal do Comércio, Gazeta de Notícias, Diário de Minas entre outro, nas quais registrou o movimento de proclamação da República e propagou os ideais do novo regime político. Consideradas por Margarida Souza Neves (1992) como “agências de formação de consenso”, tais crônicas veicularam o desejo do cronista pela participação política da juventude acadêmica e da imprensa na consolidação do novo regime. Além disso, tais crônicas colocam-se ao lado de discussões e de estudos em diversas áreas do saber, tais como a Sociologia e Psicologia e, assim, elas contribuem para a caracterização da sua natureza contemporânea, uma vez inseridas em um momento significativo da História Social e Psicológica da Infância e da Adolescência chamado de Puericultura.
As crônicas pompeianas refletem uma projeção mítica do jovem brasileiro do século XIX em que se sintetizam aspirações, ambições e valores. Idealização da juventude que encontra na aurora, espetáculo matinal e/ou mito grego, sua recorrência sempre frequente. Aurora pode ser símbolo da juventude ou sinônimo de juventude e seja qual for a intenção do cronista, sua menção ou referência sempre interliga juventude a república, esta “uma aurora de franca felicidade para o povo brasileiro”. Neste sentido, a aproximação semântica entre esses dois termos inspira e fundamenta as referências constantes do cronista aos atributos psicológicos, emocionais e físicos da faixa etária para elogiar tantos personalidades importantes da sociedade como para relacioná-la à Proclamação da República ou à Abolição.
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