Oral (Tema Livre)
1039-1 | Conforme e o figurino, múltiplas figuras: Dostoiévski, Machado de Assis e os círculos concêntricos da modernidade literária. | Autores: | Ana Carolina Huguenin Pereira (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Ana Carolina Huguenin Pereira (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Ana Carolina Huguenin Pereira (UFF - Universidade Federal Fluminense) |
Resumo Os processos históricos de modernização envolvem transformações na atitude intelectual, nas ciências, nas relações humanas de forma geral e abrangente. Na vanguarda de um amplo movimento de redefinições, a Europa ocidental oitocentista expandiu-se e exerceu grande impacto, material e cultural, sobre a Rússia e o Brasil. Inseridos em contextos específicos, Dostoiévski e Machado de Assis testemunharam e recriaram, através da literatura, as misérias e conquistas de países que se modernizavam combinando influências estrangeiras às próprias tradições. As reflexões críticas desenvolvidas por ambos os autores diriam respeito somente às modernidade russa e brasileira enquanto “periféricas”? Ou, considerando a modernidade como processo amplo, ambivalente e múltiplo, existiriam Raskólnikovs e Bacamartes, Kiríllovs e Brás Cubas – personagens que encarnam, cada qual a seu modo, dilaceramentos modernos - vagando, em colorações tão específicas quanto universais, pelo Brasil, pela Rússia e pelos grandes “centros” capitalistas europeus? Recorrendo ao exemplo de ambos os autores, pretendemos defender a hipótese de que a modernidade não guarda definições ou “centros” estáticos, mas engloba uma grande variedade humana de formas diversas em círculos “concêntricos.” |