Oral (Tema Livre)
474-1 | Traduções brasileiras de "A Morte em Veneza", de Thomas Mann: tentativas de manter o ideal estético | Autores: | Tito Lívio Cruz Romão (UFC - Universidade Federal do Ceará) |
Resumo Ao escrever a novela A Morte em Veneza, Thomas Mann trouxe à luz um de seus escritos mais densos. Para compor seus personagens e fazê-los revelar suas possíveis facetas, ainda que não por inteiro, o autor recorre, em geral, a uma linguagem classicista, justamente porque visa a um ideal clássico de estética, permeado pelo visível embate entre o apolíneo e o dionisíaco. Como bem acentua Georg Lukács, Thomas Mann aborda em sua obra, vista em sua totalidade, a Alemanha burguesa da primeira metade do século XX e, para tanto, utiliza um estilo bastante depurado. É inegável que, em A Morte em Veneza,, o autor brinda seus leitores com um conteúdo intenso redigido num vocabulário erudito, além de fazer alusões, direta ou indiretamente, a diferentes áreas do conhecimento. Trasladar os contextos linguístico-culturais contidos nessa novela certamente não consiste em tarefa livre de percalços. Nesta comunicação, serão comentadas as soluções encontradas por tradutores brasileiros, enfocando-se não apenas as situações mais dignas de críticas, mas também as soluções com que bem lograram recriar a riqueza vocabular e manter o estilo do autor. Quando necessário, serão feitas menções a traduções da mesma obra para o espanhol, o francês, o inglês, o italiano e o português europeu, buscando-se possíveis paradigmas de soluções. |