Oral (Tema Livre)
1071-1 | MARCEL SCHWOB, TRADUTOR E FALSÁRIO | Autores: | Claudia Borges de Faveri (UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA) |
Resumo Os escritores do fim do século XIX, entre eles Marcel Schwob (1867-1905), são assombrados pela consciência de que séculos de criação literária os precedem e sentem como se as fontes da criação humana tivessem secado para eles. Leitores hipnotizados de uma biblioteca universal inesgotável, resta-lhes apenas parodiar, imitar, reescrever. Schwob rompe com o mito da originalidade, para ele “a literatura é feita de literatura, ela toma emprestado, ela imita” (JOURDE, 2000, p. 29). Ele anuncia pela boca de seu personagem alter-ego Monelle: “toda construção é feita de restos, e nada é novo neste mundo afora as formas” (SCHWOB, 2002, p 319). Nesta comunicação vamos explorar as várias facetas de um Schwob leitor e reescritor dos clássicos, o Schwob tradutor de Catulo, de Shakespeare e Stevenson, mas também aquele, que através de um universo de reminiscências literárias e de sua erudição lendária, faz de sua obra constante releitura, experimentação e recriação. |