XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC
Resumo:970-1


Oral (Tema Livre)
970-1Áfricas da Bahia: trocas e reinvenções
Autores:Gildeci de Oliveira Leite (UNEB-CAMPUS XXIII - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIAUNEB-CAMPUS XXIII - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIAUNEB-CAMPUS XXIII - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIAUNEB-CAMPUS XXIII - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA)

Resumo

É clichê dizer que Salvador ou a Cidade da Baía de Todos os Santos possui a maior população negra fora de África. Ainda que um dia isso mude, dificilmente a Cidade da Bahia perderá o status quo de sua pretitude. Como reflexo de toda essa população predominante negra, constituiu-se na cidade uma cultura negra, uma literatura negra, toda uma forma preta de pensar e de agir. Determinadas ilhas culturais negras, como o candomblé, são reconhecidas como pedaços de Áfricas na Bahia ou de Áfricas Baianas. Aqueles que outrora, principalmente até primeira metade do século XX, constituíram-se como ilhas reclusas, escondidas da mão racista ditatorial, alargaram suas fronteiras, através da conquista daqueles que como outros foram convidados a serem membros das ilhas negras. O que fora o outro passou a ser o eu e ao assumirem o novo discurso reinventaram Áfricas baianas por onde suas produções passaram. Sendo assim demonstraremos como a literatura e outras artes contribuíram para que arquétipos de Áfricas Baianas ampliassem as fronteiras das ilhas negras baianas e de que forma tudo começou como uma estratégia de sobrevivência e de conquista do outro pelo sacerdócio negro baiano.