XII CONGRESSO INTERNACIONAL ABRALIC
Resumo:636-1


Oral (Tema Livre)
636-1CLAUDIO MAGRIS E AS FRONTEIRAS DO DISCURSO: UMA LEITURA DE "ÀS CEGAS" palavras-chave: Magris, fronteiras, discurso
Autores:Maria Célia Martirani Bernardi Fantin Fantin (UFPR - Universidade Federal do ParanáUFPR - Universidade Federal do ParanáUFPR - Universidade Federal do ParanáUFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Maria Célia Martirani Bernardi Fantin (UFPR - Universidade Federal do ParanáUFPR - Universidade Federal do ParanáUFPR - Universidade Federal do ParanáUFPR - Universidade Federal do Paraná)

Resumo

O protagonista narrador do último romance do escritor italiano contemporâneo Claudio Magris representa, de modo revelador, a figura do anti-herói desenraizado, uma "displaced person", eterno estrangeiro, sem lugar no mundo. Salvatore Cippico, apresentado como militante comunista, será obrigado, por questões políticas, a viver em trânsito, numa eterna viagem que se traduz como "Odisséia da desilusão". No presente estudo, pretendemos verificar os procedimentos narrativos que corroboram para a representação desse não espaço, numa perspectiva dialética do conceito de fronteira,objetiva e subjetivamente,investigando-o enquanto recurso discursivo. Para tanto, partimos de alguns elementos da Retórica, nos termos propostos por Platão, a fim de verificar, a posteriori, com M. Bakhtin, J. Lacan e F. Jameson como esta se subverte numa anti-Retórica pós moderna, que parece ser uma, entre as múltiplas chaves possíveis de leitura, diante da obra de Magris.