XI ENCONTRO REGIONAL ABRALIC 2007
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Abertura XI Encontro Regional da ABRALIC
É com muito prazer e grande expectativa acadêmica que, em nome da diretoria da ABRALIC, saúdo e acolho os que vieram prestigiar a abertura do XI Encontro Regional da ABRALIC e todos os que vão conviver intensamente nos três dias dedicados aos estudos da Literatura Comparada: palestrantes convidados, coordenadores e participantes dos 54 simpósios e equipe de apoio, constituída por monitores e funcionários. Com 21 anos de existência, a Associação Brasileira de Literatura Comparada,
reconhecida nacional e internacionalmente como a maior
associação científica que reúne estudiosos
da literatura no Brasil, tem atuado com sucesso para o desenvolvimento
da Literatura Comparada, cumprindo com eficiência o primeiro de
seus objetivos elencados no estatuto: incentivar e apoiar o ensino da
Literatura Comparada na graduação e na
pós-graduação. Desde os anos de 1990, são
recorrentes em publicações internacionais, que se referem
à crise da Literatura Comparada em países
hegemônicos, referências ao vigor desse
campo de estudos no Brasil, ao lado de outros países em
desenvolvimento.
A ABRALIC
sempre ofereceu, e continua oferecendo, espaço em suas
reuniões acadêmicas e publicações para
trabalhos em ramos afins, como a crítica, a teoria, a
história literárias, abertura imprescindível para
a própria existência desses campos que se alimentam
reciprocamente.A ABRALIC
também tem sido palco para apresentação e
discussão de estudos culturais e pós-coloniais, tal como
ocorre no âmbito da Associação Internacional de
Literatura Comparada. No entanto, por mais aberta, indisciplinada,
mutante e nômade que seja a Literatura Comparada, a ABRALIC
nunca perdeu de vista o núcleo desse campo de estudos
literários, cujo elemento precípuo é a
própria literatura
Dando continuidade a essa visão, o XI Encontro Regional da ABRALIC propõe-se a discutir as relações entre Literaturas, Artes e Saberes, sob o enfoque das teorias literárias clássicas e atuais, com o objetivo de assegurar à literatura, o lugar que lhe é devido, num encontro científico sobre Literatura Comparada. Não fazer da literatura apenas objeto de ilustração de teorias ou mediadora de questões existenciais, sociais, políticas e econômicas, embora todas essas questões sejam importantes e se configurem, de um modo ou de outro, nas suas entranhas, mas priorizar a particularidade da dimensão literária e estética, independentemente de se tratar de obras canônicas ou não. Em tempos ameaçadores para a Literatura, em espaços institucionais, impõe-se a retomada de reflexões sobre sua natureza e função no contexto do mundo globalizado em que vivemos. Impõe-se também refletir sobre a Literatura Comparada no contexto da crise das humanidades, a partir da re-visita às relações entre literaturas, literaturas e artes e entre literaturas e saberes, relações cultivadas por esse campo de estudos literários desde meados do século XX. Impõe-se ainda fazer essa reflexão, a partir de estudos sobre relações entre literaturas e novos meios de comunicações, caminhos inovadores que abrem novas perspectivas para a Literatura Comparada, sem prejuízo para as diversas vertentes clássicas e atuais dos estudos comparados. Diga-se, de passagem, que essa disciplina nômade tem um traço constante: o de ampliar seu objeto de estudo no decorrer do tempo, de acordo com o contexto e injunções políticas. O conjunto de palestras que compõem nosso programa matutino, comum aos 1281 inscritos nesse Encontro, a serem proferidas por eminentes professores, nossos conterrâneos e estrangeiros, propiciará considerável matéria para enriquecer nossas reflexões sobre as questões que levantei há pouco. Não faltará assunto para tratarmos em nossos encontros nos intervalos entre o período da manhã e o da tarde, durante as paradas para o coffee-break e, quem sabe, à noite, nos jantares. O programa da parte da manhã foi pensado como uma espécie de resgate dos colóquios preparatórios que eram realizados nos primeiros tempos da ABRALIC e congregavam um número restrito de participantes para refletirem sobre o tema a ser indicado para os congressos internacionais. O crescimento da ABRALIC interferiu no formato de nossas reuniões preparatórias. O conjunto de palestras não constitui propriamente um colóquio, mas oferecerá um sólido chão comum a todos nós, a partir do qual pensaremos sobre nossas propostas para o ano que vem. Não vamos decidir sobre o tema durante o encontro, mas será muito importante nossa troca de idéias nesses dias a esse respeito. Quanto aos 54 simpósios, alguns dos quais desdobrados, a expectativa é a de que funcionem muito bem não só em termos formais e logísticos, mas sobretudo em termos acadêmicos, com comunicações substanciosas, vinculadas a projetos de mestrado, de doutorado, de pós-doutorado e a linhas de pesquisa de docentes. Com o crescimento da ABRALIC, instalou-se a prática de simpósios, cuja seleção de comunicações é feita pelo proponente do simpósio, que se torna seu coordenador. Em sua maior extensão, as reuniões científicas da ABRALIC se configuram como uma federação de simpósios. Nesse sentido, o coordenador tornou-se um ator importantíssimo na organização dos Encontros e Colóquios, por ser o responsável direto pela pertinência e qualidade das comunicações apresentadas e pela condução dos debates. Por esse procedimento, já há um bom tempo, a Diretoria divide com os coordenadores de simpósios a responsabilidade pelo prestígio e credibilidade da ABRALIC. Aproveito este momento para agradecer a colaboração de todos os coordenadores de simpósios. Agradeço, ainda, em nome da diretoria, apoios e auxílios inestimáveis, sem os quais dificilmente poderíamos ter chegado onde estamos neste instante: aos órgãos de fomento: FAPESP, CNPq e CAPES; à PUC, ao Mackenzie e à USP, representada pelas Pro-Reitorias de Cultura e Extensão e Pesquisa e pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. O apoio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas desdobra-se em várias manifestações: a começar pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada, que encaminhou o pedido de apoio à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, consubstanciada numa verba fixa, aprovada em CTA, para eventos acadêmicos assumidos pelos Departamentos. O Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada colocou ainda à disposição uma funcionária para secretariar a ABRALIC, além de disponibilizar espaço físico para a sede da Associação. O apoio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas concretiza-se ainda por meio de todos os Departamentos do Curso de Letras, Ciência Política, Sociologia, Antropologia, Filosofia, Geografia e História, que colocaram à nossa disposição, salas de aula, anfiteatros e equipamentos, concretiza-se ainda por meio do CAPH, que nos ofereceu espaço para o coffee-break, Nossos sinceros agradecimentos a todas as chefias de departamentos e do CAPH , ao diretor da FFLCH, Prof. Dr. Gabriel Cohn, ao Pró-Reitor de Cultura e Extensão, Prof. Dr. Sedi Hirano e ao Pró-Reitor de Pós-Graduação, Prof. Dr. Armando Corbani. Agradecemos à UNICAMP e à UNESP pela disponibilidade de docentes dessas universidades que fazem parte de nossa diretoria e da comissão organizadora. Agradecemos ainda à Comissão Científica, à Comissão Organizadora do Encontro, ao Serviço de Divulgação e Informação da FFLCH, aos funcionários, zeladores e seguranças que estão colaborando na infra-estrutura do evento e aos monitores, alunos da USP, do Mackenzie e da PUC. Lamento não poder nomear cada um desses colaboradores, integrantes de todas essas comissões, setores de serviço e departamentos, desde os chefes até os monitores, mas reitero que a Diretoria da ABRALIC reconhece a valorosa e indispensável colaboração de todos. Por fim, gostaria de salientar que nossa gestão é dedicada à memória de Tânia Franco Carvalhal e de João Alexandre Barbosa, saudosos colegas, aos quais prestaremos homenagens na próxima quarta-feira.
Profa. Dra. Sandra Margarida Nitrini
Presidente da ABRALIC
PROGRAMAÇÃO GERAL 23 de julho de 2007
24 de julho de 2007
Para
estes Anais, foram disponibilizados 668 textos de comunicações
apresentadas
chegando a 5638 páginas acessíveis nos botões acima. Direção Conselho da Abralic
Eduardo Coutinho (UFRJ) Gilda Neves Bittencourt (UFRGS) José Luís Jobim (UERJ-UFF) Lívia Reis (UFF) Ivia Iracema Duarte Alves (UFBA) Maria Cecília Queiroz de Moraes Pinto (USP) Tânia Regina Oliveira Ramos (UFSC) Rita Terezinha Schmidt (UFRGS) Suplentes Márcia Abreu (UNICAMP) Zênia de Faria ( UFG)
Equipe de Apoio
ABRALIC - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LITERATURA COMPARADA
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