ORIENTAÇÃO: Maria Clara da Silva Ramos Carneiro

RESUMO: O conceito de Deriva, cunhado pela Internacional Situacionista, propõe um andar sem rumo, de olhos abertos para as experiências afetivas que a cidade nos sugere. Desse modo, mesmo caminhos habituais, podem nos mostrar diferentes nuances. O presente trabalho pretende, a partir do ponto de vista psicogeográfico, analisar a obra do mangaká Jiro Taniguchi, “O Homem que Passeia”(2019), na qual o autor retrata a percepção afetiva de um homem aos seus caminhos cotidianos. Segundo a pesquisadora Paola Berenstein Jacques, em seu “Apologia da Deriva” (2003), a Psicogeografia se dedicava a estudar os espaços urbanos e seus ambientes públicos através das derivas, buscando, assim, mapearos comportamentos afetivos diante da ação de caminhar pela cidade. A partir desse enquadramento, atentaremos para o mangá de Taniguchi, buscando esse novo olhar para a cidade, em que o meio é fundamental para a relação afetiva do personagem que traça novos caminhos e gera novas perspectivas com o ambiente que o cerca. Essa é uma pesquisa inicial que visa aprofundamento em futura dissertação de mestrado. Será realizado um levantamento bibliográfico sobre Psicogeografia e teoria da deriva, assim como análisesemiológica aplicada à linguagem dos quadrinhos e como o mangá “O Homem que Passeia” dialogacom essas temáticas.

PALAVRAS-CHAVE: deriva; Jiro Taniguchi;mangá; O homem que passeia; psicogeografia.

REFERÊNCIAS: GROENSTEEN,T. O Sistema dosQuadrinhos. Rio de Janeiro: Marsupial Editora, 1ª ed, 2015. JACQUES, P.B. (org.) Apologia da Deriva: Escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.TANIGUCHI,J. O Homem que passeia. São Paulo: Devir Livraria Ltda, 2ª ed, 2019.