ORIENTAÇÃO: Cíntia Carla Moreira Schwantes

RESUMO: O trabalho consiste em apresentar como os tropos do fluxo de consciência, discurso indireto e flashbacks se organizam e constroem a estrutura de Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf (1925). Através de revisão bibliográfica sobre a técnica de escrita utilizada pela autora, foi possível demonstrar como a estética da obra foi desenvolvida através deles. O trabalho de Humphrey (1954), Stream of consciousness in the modern novel, e de Daiches (1942), Virginia Woolf: the makers of modern expõem como fluxo de consciência e flashbacks são utilizados no romance, indicados pelo discurso indireto da narradora como guia para o leitor. Humphrey (1954) descreve a técnica comparando-a com seu uso em outros autores, e Daiches (1942) apresenta os recursos linguísticos utilizados na obra, e os porquês da sua utilização, uma vez que há a intenção de demonstrar um ponto de vista sobre a vida, efetuado através das personagens. A estética construída por tais recursos permite apresentar em simultâneo vários tempos e espaços, assim como nas obras visuais cubistas. Como Falcetta afirma em seu artigo, Geometries of space and time, “pode-se traçar os elementos cubistas de Mrs Dalloway através das experiências vividas pelos personagens através das especificidades de sintaxe e fragmentos, paralelos literário às passagens e pinceladas da linguagem artística visual” (FALCETTA, 2007, p. 125).

PALAVRAS-CHAVE: Mrs. Dalloway. cubismo. fluxo de consciência. discurso indireto. flashbacks.

REFERÊNCIAS: DAICHES, David. Virgínia Woolf: the makers of modern. Connecticut: New Directions, 1942. FALCETTA, Rebecca Jenie. Geometries of space and time: the cubist London of Mrs. Dalloway. Woolf Studies Anual, New York, v.13, p.111-136, 2007. HUMPHREY, Robert. Stream of consciousness in the modern novel. Los Angeles: University of California Press. 1954. WOOLF, Virginia. Mrs. Dalloway. São Paulo: Companhia das Letras. 2017.