MESA-REDONDA: LITERATURA E CINEMA LATINO-AMERICANOS - MOVIMENTOS ANTROPOFÁGICOS

LOS LÍMITES DEL UNDERGROUND: CINE Y EXPERIMENTACIÓN

Julio Ramos (Universidade da Califórnia, Berkeley)

Aunque las aproximaciones comparatistas a los movimientos contraculturales de la década del 1960 insisten en el alcance global de su crítica del capitalismo de la imagen y la sociedad del espectáculo, pocxs investigadorxs han enfatizado las tensiones y jerarquías en el tránsito desigual de sus artefactos. En este trabajo abordaremos el cine experimental de José Rodríguez Soltero, cineasta puertorriqueño del underground neoyorquino. Comentaremos particularmente su Diálogo con el Che (1968), probablemente el primer filme de ficción sobre el Che Guevara, rodado con actores/performeros latinoamericanos y neoyorquinos en un sótano de Manhattan pocos meses después del asesinato del comandante guerrillero en Bolivia. Partiremos de una reflexión sobre la escena de la lectura en voz alta en el filme. Mediante el despliegue singular de la doble pantalla –correlato de un inclasificable gesto bilingüe-- Diálogo con el Che escinde o fractura cualquier postulación orgánica del underground. En cambio, nos aproxima a la deriva diaspórica de la experimentación estético-política en los bordes de los archivos contraculturales.

Julio Ramos es autor de varios libros de crítica literaria y cultural: Desencuentros de la modernidad en América Latina: literatura y política en el siglo XIX (1989), traducido al portugués y al inglés; Paradojas de la letra (1996, 2006); Sujeto al límite: ensayos de cultura literaria y visual (con introducción de Camila Pulgar Machado, 2012); Ensayos próximos (con introducción de Víctor Fowler, 2013); Latinoamericanismo a contrapelo (con introducción de Raúl Rodríguez Freire, 2015). Ha editado e introducido una importante selección de los escritos de Luisa Capetillo, escritora y activista anarquista puertorriqueña, Amor y anarquía (1991) y co-editado, con Lizardo Herrera, el volumen colectivo de ensayos sobre Droga, farmacolonialidad y cultura: la alteración narcográfica (2018). Ha dirigido y realizado la investigación para varios documentales, entre ellos Detroit´s Rivera: The Labor of Public Art (Gran Premio del Festival Internacional de Documentales "Santiago Alvarez", 2018, Premio al Mejor Guión en el mismo Festival, y Premio al Mejor Cortometraje en el Ibiza Cinefest, 2018). Es Profesor Emérito de la Universidad de California en Berkeley. Tuvo la cátedra especial Andrés Bello del King Juan Carlos Cultural Center en la Universidad de Nueva York durante el semestre de otoño 2018. Con regularidad imparte seminarios en la Universidad Andina Simón Bolívar de Quito y otras universidades latinoamericanas. 

 

CORPOS E TEMPOS: LITERATURA E CINEMA NO BRASIL

Jaime Ginzburg (USP) 

Nesta exposição, serão apresentados resultados parciais do Projeto de pesquisa Literatura e cinema no Brasil contemporâneo. Na cultura brasileira contemporânea, ocorre uma ampla variação nas configurações de imagens de corpos. Em proposições articuladas com ideias de Richard Sennett e Roberto Esposito, serão examinadas obras nas quais corpos são expostos em situações extremas. Em obras de Bernardo Kucinski, João Gilberto Noll, Kleber Mendonça Filho e Tata Amaral, são encontradas imagens de corpos que desafiam convenções de representação mimética, e expressam perspectivas de ruptura com a inserção do corpo em enquadramentos delimitados pela concepção linear do tempo.

Jaime Ginzburg é Professor Titular de Literatura Brasileira na FFLCH-USP e Pesquisador 1B do CNPq. É Doutor em Letras pela UFRGS, e realizou Pós-Doutorado na UFMG. Atuou na University of Minnesota, no King's College London e na Universitat Bielefeld. Publicou Crítica em tempos de violência (Prêmio Jabuti, 2013).

 

ANTROPOFAGIA E IMAGENS MARGINAIS: À PROCURA DA ALTERIDADE-BRASIL

Rejane Pivetta (UFRGS)

Neste trabalho, proponho apresentar os contornos estéticos e políticos do conceito oswaldiano de antropofagia, tendo em vista analisar sua retomada no contexto da cultura marginal dos anos 1970 no Brasil. O corpus desencadeador da reflexão é o filme Orgia, ou o homem que deu cria, escrito e dirigido por João Silvério Trevisan, que apresenta a deambulação de um grupo de personagens à procura do Brasil, durante a qual são declamados três poemas de Oswald de Andrade: “Canto de regresso à Pátria”; “Brasil”; “Senhor feudal”. A hipótese a ser explorada é que a presença dos poemas no percurso das personagens, associada à cena inicial do parricídio, são dispositivos fílmicos que põem “em marcha” a utopia antropofágica, como gesto de devoração e resistência revolucionária aos rumos autoritários da nação, sob o regime da ditadura militar. 

Rejane Pivetta é professora de Literatura Brasileira no Instituto de Letras-UFRGS. É doutora em Teoria da Literatura pela PUCRS, realizou pós-doutorado na Universidade de Santiago de Compostela; é membro do Grupo de Pesquisa/CNPq Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea. Organizadora do livro Literatura para pensar e intervir no mundo (2013) e coorganizadora do volume Literatura e Ditadura (2020).

Mediação: Antônio Barros (UFRGS)

Antonio Barros de Brito Junior é licenciado em Letras, Mestre e Doutor em Teoria e História Literária, pela UNICAMP. Professor do Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, onde atua no bacharelado e na licenciatura em Letras e no programa de pós-graduação em Letras. Atualmente, sua pesquisa envolve as obras de Jacques Rancière sobre estética e política, bem como a investigação sobre literatura e imanência a partir de Gilles Deleuze e Félix Guattari.

 

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