Nos dez romances do escritor paraense Dalcídio Jurandir (1909-1979), podemos perceber a presença marcante de mulheres que, quer assumindo o protagonismo ou não, contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento da narrativa. Em Belém do Grão Pará (1960), quarto romance do Ciclo romanesco do autor marajoara, temos a presença fundamental de duas dessas personagens. A primeira é D. Amélia, mãe do menino Alfredo, que se empenha na mudança do filho da ilha do Marajó para Belém, a outra personagem importante é D. Inácia, matriarca da família Alcântara que abriga o menino em seu primeiro momento na capital. Este trabalho, portanto, objetiva analisar de forma comparativa as referidas personagens, observando as consonâncias e dissonâncias entre elas, como também a contribuição delas para o Ciclo do Extremo Norte como um todo. Comparar essas duas personagens femininas nos ajuda a compreender as diferentes figurações da mulher amazônica na produção ficcional de Dalcídio Jurandir.
Palavras-chave: FIGURAÇÃO DA MULHER, AMAZÔNIA, DALCÍDIO JURANDIR